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Macron diz que França está "ao lado" do Brasil para construção de submarinos

O presidente Emmanuel Macron disse nesta quarta-feira (27) que a França estava “ao lado” do Brasil na construção dos seus submarinos, uma cooperação de longa data que inclui o desenvolvimento de um submersível movido a energia nuclear.

O presidente francês Emmanuel Macron fala durante cerimônia de lançamento do terceiro submarino movido a diesel da classe Scorpene construído no Brasil com tecnologia francesa, no estaleiro Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro, Brasil, 27 de março de 2024.
O presidente francês Emmanuel Macron fala durante cerimônia de lançamento do terceiro submarino movido a diesel da classe Scorpene construído no Brasil com tecnologia francesa, no estaleiro Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro, Brasil, 27 de março de 2024. REUTERS - Pilar Olivares
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“Espero que abramos o capítulo para os novos submarinos, o quarto, o quinto, mas (...) que enfrentemos a propulsão nuclear respeitando perfeitamente todos os mais rigorosos compromissos de não proliferação”, disse durante o lançamento do submarino franco-brasileiro Toneleiro, com propulsão convencional em Itaguaí, no Rio de Janeiro.

O submarino foi batizado pela primeira-dama Janja, antes de ser lançado ao mar, como manda a tradição da Marinha do Brasil.

"Essa estrutura existe, é possível. Você quer. A França estará ao seu lado", acrescentou, mas sem anunciar uma colaboração específica para ajudar Brasília a desenvolver a propulsão nuclear.

O Brasil busca convencer Paris a aumentar suas transferências de tecnologia para ajudá-lo a integrar o reator ao submarino. O governo brasileiro também quer que a França venda equipamentos ligados à propulsão nuclear (turbina, gerador).

A primeira-dama do Brasil, Janja, quebra uma garrafa de champanhe no batismo do terceiro submarino movido a diesel da classe Scorpene construído no Brasil com tecnologia francesa, durante sua cerimônia de lançamento, no estaleiro de Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro, Brasil, 27 de março de 2024.
A primeira-dama do Brasil, Janja, quebra uma garrafa de champanhe no batismo do terceiro submarino movido a diesel da classe Scorpene construído no Brasil com tecnologia francesa, durante sua cerimônia de lançamento, no estaleiro de Itaguaí, no estado do Rio de Janeiro, Brasil, 27 de março de 2024. REUTERS - Pilar Olivares

Brasil quer tecnologia nuclear

Ao lado de Macron durante a cerimônia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou o pedido.

"Se o Brasil quer ter acesso ao conhecimento da tecnologia nuclear, não é para fazer a guerra. Queremos que esse conhecimento garanta a todos os países que desejam a paz que o Brasil estará ao seu lado", disse Lula.

O Tonelero, lançado nesta quarta-feira, é o terceiro de quatro submarinos  Scorpènes com motor convencional a propulsão diesel-elétrica previstos no Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), uma parceria entre o Brasil e a França, assinada em 2008, com um orçamento de aproximadamente R$ 40 bilhões. O último, o Angostura, deverá ser lançado em 2025.

Além disso, o acordo deverá permitir ao Brasil projetar e construir seu primeiro submarino de ataque nuclear, o Álvaro Alberto.

O empresa de defesa naval francês Naval Group está prestando assistência técnica para o projeto, exceto para sua parte nuclear. A sala das caldeiras nucleares será projetada pelos brasileiros. O projeto está acumulando atrasos.

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