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Macron e Lula condenam processo eleitoral na Venezuela e analisam presença de Putin na cúpula do G20

O presidente da França, Emmanuel Macron, condenou a exclusão de Corina Yoris da eleição presidencial na Venezuela em uma coletiva de imprensa conjunta com Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, nesta quinta-feira (28), em sua primeira visita oficial de três dias ao país. Juntos, os líderes também comentaram sobre um possível convite ao chefe de Estado russo, Vladimir Putin, para a cúpula do G20 no Brasil, em novembro.

O presidente francês Emmanuel Macron pisca um olho, ao lado do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro no Palácio do Planalto, em Brasília, em 28 de maço de 2024.
O presidente francês Emmanuel Macron pisca um olho, ao lado do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, durante encontro no Palácio do Planalto, em Brasília, em 28 de maço de 2024. REUTERS - Ueslei Marcelino
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Macron afirmou categoricamente que um convite ao presidente russo para a cúpula do G20 no Brasil, em novembro, deve ser objeto de um consenso dentro do clube dos países mais industrializados do mundo.

"O significado desse clube é que ele deve ser consensual com os outros 19, e esse será o trabalho da diplomacia brasileira", apontou o francês em uma coletiva de imprensa conjunta com Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília. Se essa reunião puder ser "útil, devemos fazê-la", afirmou Macron, mas ponderou que "se ela criar divisão, sem dúvida não" deverá acontecer.

O Brasil assumiu a presidência do G20 em dezembro, e busca conseguir apoio para novas fontes de financiamento para políticas de combate à fome e à mudança do clima.

Críticas à Venezuela

Os dois líderes criticaram a exclusão de Corina Yoris da eleição presidencial na Venezuela. Macron condenou "veementemente" o fato de a opositora do presidente venezuelano Nicolas Maduro não ter conseguido se registrar para votar.

"Estamos pedindo sua reintegração e espero sinceramente que possamos ter uma estrutura reconstruída nas próximas semanas e meses. Não devemos nos desesperar hoje (...), mas a situação é grave e se deteriorou como resultado dessa decisão", declarou Macron.

Por sua vez, Lula disse ser "grave" que Corina Yoris não tenha conseguido se registrar para votar em 28 de julho, como a candidata da oposição ao presidente venezuelano Nicolas Maduro, que está no poder há 11 anos. "Não há explicação legal ou política para proibir um oponente de se candidatar", disse o presidente de esquerda do Brasil.

"Eu disse a Maduro que a coisa mais importante para restabelecer a normalidade na Venezuela era evitar qualquer problema no processo eleitoral e que as eleições deveriam ser convocadas da maneira mais democrática possível", insistiu Lula, em Brasília.

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