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Atentado em Moscou: 147 pessoas são presas na Turquia por suspeita de pertencerem ao Estado Islâmico

As autoridades da Turquia prenderam 147 pessoas suspeitas de pertencerem ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI), segundo anúncio feito nesta terça-feira (26) pelo ministro do Interior turco, Ali Yerlikaya. Dois dos suspeitos detidos por participação no ataque perpetrado em Moscou na última sexta-feira (22), que foi reivindicado pelo EI, teriam passado várias semanas em solo turco antes de regressarem à Rússia de avião.

Shamsidin Fariduni, Dalerdzhon Mirzoyev, Mukhammadsobir Faizov, Saidakrami Murodali Rachabalizoda, suspeitos do tiroteio na prefeitura de Crocus na sexta-feira, senta-se em uma gaiola de vidro no Tribunal Distrital de Basmanny em Moscou, Rússia, domingo, 24 de março de 2024.
Shamsidin Fariduni, Dalerdzhon Mirzoyev, Mukhammadsobir Faizov, Saidakrami Murodali Rachabalizoda, suspeitos do tiroteio na prefeitura de Crocus na sexta-feira, senta-se em uma gaiola de vidro no Tribunal Distrital de Basmanny em Moscou, Rússia, domingo, 24 de março de 2024. © AP Photo/Alexander Zemlianichenko
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As pessoas foram detidas em 30 das 81 províncias do país, disse o ministro numa mensagem publicada na rede social X. Outros 40 suspeitos de pertencerem ao EI já haviam sido presos no domingo (24) em oito províncias do país, segundo as autoridades.

Desde 1° de junho de 2023, um total de 2.919 pessoas suspeitas de ligações com o grupo jihadista foram detidas no país, disse o ministro do Interior.

Uma fonte da segurança turca disse à AFP, na terça-feira, que dois dos suspeitos detidos pela suposta participação no ataque perpetrado em Moscou na sexta-feira (22), reivindicado pelo EI, passaram várias semanas em solo turco antes de regressarem à Rússia de avião.

“Os dois indivíduos eram livres de circular sem impedimentos entre a Rússia e a Turquia na ausência de um mandado de prisão contra eles”, afirmou este responsável, sob condição de anonimato. Ele também afirmou que os dois indivíduos eram de nacionalidade tajique.

Atentado de Moscou

As autoridades verificaram que se trata de Shamsidin Fariduni, que entrou na Turquia em 20 de fevereiro e seguiu para a Rússia em 2 de março, a partir do aeroporto de Istambul, após uma estadia em um hotel da cidade, no distrito de Fatih, continuou a mesma fonte.

Esta fonte especifica que o homem saiu de seu hotel no dia 27 de fevereiro e que publicou uma mensagem “oito vezes nas redes sociais no dia 23 de fevereiro, no bairro de Aksaray”, no mesmo distrito de Fatih.

O outro suspeito é Saidakram Rajabalizoda, que ao chegar a Istambul em 5 de janeiro, se hospedou imediatamente em um hotel em Fatih, de onde saiu no dia 21 de janeiro. “Ele então partiu para Moscou em 2 de março no mesmo voo que Shamsidin Fariduni”, disse a fonte de segurança.

“Acreditamos que estes dois indivíduos foram radicalizados na Rússia devido à sua curta estadia na Turquia”, insistiu a fonte da segunraça turca.

De acordo com um último relatório, o ataque contra a sala de concertos Crocus City Hall, reivindicado pelo grupo EI, nos arredores de Moscou, deixou 139 mortos e 182 feridos.

Quatro suspeitos principais foram presos e detidos na Rússia. Eles podem ser condenados à prisão perpétua.

A justiça russa indicou que pelo menos um dos suspeitos era do Tajiquistão. Outro, detido com o pai e um dos irmãos, nasceu no Tajiquistão e tem nacionalidade russa, segundo a agência de notícias Ria Novosti.

(Com informações da AFP)

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