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Sobe número de vítimas em ataque a casa de shows perto de Moscou; Rússia vive dia de luto nacional

A Rússia deu início, neste domingo (24), a um dia de luto nacional após o massacre em uma casa de shows nos arredores de Moscou. O ataque deixou até agora 137 mortos e  pelo menos 154 feridos, de acordo com um novo balanço divulgado pelas autoridades russas, e foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI).

Painel colocado em homenagem às vítimas do atentado na casa de shows Crocus City Hall, perto de Moscou.
Painel colocado em homenagem às vítimas do atentado na casa de shows Crocus City Hall, perto de Moscou. AP - Dmitri Lovetsky
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"O país inteiro está de luto", disse o canal de televisão pública russo Rossia 24, ao iniciar a sua programação. Os museus e teatros de Moscou anunciaram que permaneceriam fechados durante o fim de semana e os restaurantes da capital prometeram doar parte dos lucros de domingo às famílias das vítimas. Até agora, 62 corpos foram identificados.

Na noite de sexta-feira (22), quatro homens invadiram o Crocus City Hall, no subúrbio de Krasnogorsk, em Moscou, atiraram contra o público e incendiaram parte do salão.

No sábado, o presidente russo, Vladimir Putin, prometeu punir os responsáveis pelo "ato terrorista selvagem" e afirmou que quatro homens que tentavam fugir para a Ucrânia foram presos.

Putin não deu novas declarações neste domingo, mas acendeu uma vela na capela da sua residência perto de Moscou, segundo o seu porta-voz, citado por agências russas.   

A polícia também encontrou hoje cerca de 500 balas, dois fuzis de assalto Kalashnikov e 28 carregadores no local da tragédia, que pertenceriam aos autores do ataque.  

O Comitê de Investigação também divulgou um vídeo que mostra policiais mascarados de uniforme levando os quatro suspeitos, presos no dia anterior, para a sede do Comitê de Investigação.

Os homens estão vendados e são forçados a andar com as mãos amarradas atrás das costas. A polícia deverá pedir em breve a prisão preventiva dos suspeitos. Segundo as autoridades russas, os "cidadãos estrangeiros", foram detidos na região de Bryansk, na fronteira com a Ucrânia e Belarus.

O FSB (serviço de segurança russo) afirmou que eles tinham "contatos" na Ucrânia e planejavam fugir para o país após o ataque.

Kiev negou as acusações e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou Putin de tentar "colocar a culpa" na Ucrânia. O ataque é o mais sangrento na Rússia em duas décadas e o mais mortal cometido na Europa pelo EI.

O grupo jihadista, que a Rússia combate na Síria e também é ativo no Cáucaso russo, já cometeu ataques no país desde o final da década de 2010.

Suspeito de ataque a casa de shows em Moscou é detido pela polícia russa
Suspeito de ataque a casa de shows em Moscou é detido pela polícia russa AP

EUA alertaram Rússia

Os Estados Unidos revelaram neste sábado (23) que alertaram a Rússia, no início de março, sobre um possível ataque "terrorista" em um local de Moscou, com "grande concentração" de pessoas.

Segundo o grupo de investigação sobre terrorismo SITE, o EI divulgou nas suas redes sociais um vídeo feito pelos agressores em que eles aparecem entrando na casa de shows, disparando contra as pessoas.

Outra questão que suscita dúvidas é a nacionalidade dos autores do ataque. Segundo a imprensa russa e o deputado Alexander Jinstein, alguns dos suspeitos são do Tadjiquistão, uma ex-república soviética na Ásia Central, na fronteira com o Afeganistão.

Com informações da AFP

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