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Kim Jong-un comemora lançamento de satélite norte-coreano: "nova era de poder espacial"

O líder do regime norte-coreano, Kim Jong-un, comemorou, com sua família, uma "nova era de poder espacial" depois do lançamento de um satélite espião, confirmado nesta terça-feira (21). A informação foi divulgada nesta sexta-feira (24) pela KCNA, a agência oficial de notícias do governo norte-coreano.

Esta foto, fornecida pelo governo norte-coreano, mostra o que diz ser o lançamento do recém-desenvolvido foguete Chollima-1, que transporta o satélite Malligyong-1, no Campo de Lançamento de Satélites
Esta foto, fornecida pelo governo norte-coreano, mostra o que diz ser o lançamento do recém-desenvolvido foguete Chollima-1, que transporta o satélite Malligyong-1, no Campo de Lançamento de Satélites de Sohae, em 31 de maio de 2023. AP
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Após duas tentativas frustradas em maio e agosto, um foguete decolou da Coreia do Norte na terça-feira e colocou o satélite de observação militar "Malligyong-1" em órbita, de acordo com a KCNA.

O lançamento é "um exercício do direito à autodefesa", disse Kim Jong-un durante uma visita à agência espacial nacional, segundo a agência oficial de notícias norte-coreana em Pyongyang. O satélite espião ajudará a proteger o Norte de "movimentos 'perigosos e agressivos' de forças hostis" e abrirá caminho para "uma nova era de poder espacial" no país, afirmou.

Imagens divulgadas por Pyongyang mostram o líder norte-coreano elogiando cientistas e funcionários da agência espacial, recentemente rebatizada de Administração Nacional de Tecnologia Aeroespacial (NATA), acompanhado de sua filha, Ju Ae.

Vestido com um casaco de couro preto, Kim Jong-un aparece cumprimentando militares, que aplaudem o líder e sua filha. A mídia estatal publicou imagens do líder norte-coreano em uma recepção que teve a participação de militares e de políticos, ao lado de sua filha e de sua esposa, Ri Sol Ju.

Especialistas acreditam que colocar um satélite espião funcional em órbita melhoraria as capacidades de inteligência de Pyongyang e forneceria dados estratégicos para o país no caso de um conflito militar.

O lançamento teve o apoio da Rússia, que deu suporte ao programa espacial norte-coreano após a reunião entre Kim Jong-un e o presidente Vladimir Putin, que aconteceu em setembro, no extremo leste da Rússia. A afirmação foi feita pelo serviço de inteligência sul-coreano, segundo o deputado Yoo Sang-bum.

"Depois do encontro com Putin, os norte-coreanos apresentaram a Moscou os planos e os dados relevantes do primeiro e segundo lançamentos de satélite. A Rússia analisou os dados e forneceu informações ao Norte", disse.

Acordo suspenso

O governo sul-coreano confirmou nesta quinta-feira que o lançamento em órbita foi bem-sucedido. Após o lançamento, Seul suspendeu parcialmente na quarta-feira um acordo militar de 2018 com a Coreia do Norte para evitar incidentes armados ao longo da fronteira e enviou imediatamente "meios de vigilância e reconhecimento" para essa fronteira.

O Ministério da Defesa da Coreia do Norte chamou as ações de Seul de "imprudentes" e anunciou que também estava suspendendo o acordo em sua totalidade. "Vamos posicionar tropas e equipamentos militares avançados na região", reagiu o Ministério da Defesa em um comunicado divulgado pela agência estatal de notícias KCNA.

 A nota acrescenta que Pyongyang "nunca mais ficará vinculado" ao acordo, segundo a agência. Além disso, o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul indicou que o país comunista, que possui armas nucleares, lançou um míssil balístico na quinta-feira, mas o disparou falhou.

(Com informações da AFP)

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