Acessar o conteúdo principal

Alerta de ameaça terrorista sobe para nível máximo na França após ataque perto de Moscou

A França elevou seu nível de alerta para atentados para a categoria máxima após o ataque da última sexta-feira (22) à casa de shows Crocus City Hall, nos arredores de Moscou. O anúncio foi feito neste domingo (22) pelo primeiro-ministro francês, Gabriel Attal, após uma reunião do Conselho de Defesa presidido pelo chefe de Estado francês, Emmanuel Macron.

Passageiros fazem fila para fazer o check-in ao lado de uma placa de advertência Vigipirate (à direita) que diz "segurança reforçada, risco de ataque terrorista" no aeroporto internacional de Caiena, Guiana Francesa, em 24 de março de 2024.
Passageiros fazem fila para fazer o check-in ao lado de uma placa de advertência Vigipirate (à direita) que diz "segurança reforçada, risco de ataque terrorista" no aeroporto internacional de Caiena, Guiana Francesa, em 24 de março de 2024. AFP - LUDOVIC MARIN
Publicidade

"Diante da reivindicação do atentado pelo grupo Estado Islâmico e das ameaças que pesam sobre o nosso país, decidimos elevar a ameaça para o nível máximo", publicou Attal na rede social X. Macron presidiu neste domingo (24) a reunião do Conselho de Defesa sobre o atentado nos arredores de Moscou e suas consequências, a quatro meses do início dos Jogos Olímpicos em Paris.

"A reivindicação do atentado em Moscou vem do Estado Islâmico-Khorasan, organização que ameaça a França e participou recentemente de atentados abortados em vários países europeus, entre eles França e Alemanha", divulgou o gabinete do primeiro-ministro, em um comunicado.

O alerta havia sido reduzido em janeiro para a categoria 2, que indica “segurança reforçada” e é a penúltima de três níveis. Em caso de urgência máxima, como é o caso agora, o governo francês está autorizado a tomar medidas excepcionais. Entre elas, o fechamento de estradas, do metrô, e a proibição de viagens escolares, por exemplo.

"O primeiro-ministro pediu ao secretário-geral da Defesa e Segurança Nacional que convoque nesta segunda-feira uma reunião envolvendo todos os serviços de segurança afetados pelo aumento do nível de Vigipirate", acrescentou.  

Dispositivo contra atentados foi reforçado após os ataques de 2015

O plano contra atentados é conhecido na França como Vigipirate e existe desde 1978. No total, ele inclui mais de 300 medidas e muitas são confidenciais. Elas podem ser aplicadas em 13 áreas, como saúde, cibersegurança e sistemas de alerta e mobilização. Inclui, ainda, conselhos comportamentais, como treinamentos nas escolas em caso de atentado, por exemplo. 

Em paralelo a esse sistema, a Operação Sentinela mobiliza 7.000 soldados na França. Além disso, há 3.000 militares em alerta permanente. O reforço das medidas aconteceu após os atentados de 13 de novembro de 2015, que deixaram 236 mortos em Paris.

Ataque em Moscou deixou 137 mortos

O ataque de sexta-feira na prefeitura de Crocus, perto de Moscou, deixou pelo menos 137 mortos e 182 feridos, de acordo com o balanço mais recente.

Os investigadores continuam a vasculhar os escombros do edifício da casa de shows, destruído por um grande incêndio iniciado pelos atacantes. O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do ataque, mas Moscou ainda não acusou o grupo.   

No sábado, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que os suspeitos foram detidos "enquanto se dirigiam para a Ucrânia". O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou o seu homólogo russo de querer "transferir a culpa" para o seu país.

Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, disse que o EI tem "responsabilidade exclusiva" pelo massacre e que não houve "envolvimento ucraniano".  Este ataque é o mais mortal na Rússia nas últimas duas décadas.

(RFI e AFP)

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.