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Resultados parciais de eleições antecipadas apontam para derrota da esquerda em Portugal

As projeções de boca das urnas dão vitória eleitoral à coligação de direita da Aliança Democrática (AD), mas com resultados muito próximos do Partido Socialista (PS). À extrema direita do espectro político português, o Chega se consolida como previsto como terceiro partido, mas as previsões deste pleito devem permitir a André Ventura mais do que triplicar a bancada parlamentar. 

Bandeiras portuguesas no chão em meio a confetes espalhados após o comício de encerramento da campanha eleitoral da coalizão de direita Aliança Democrática em Lisboa, sexta-feira, 8 de março de 2024.
Bandeiras portuguesas no chão em meio a confetes espalhados após o comício de encerramento da campanha eleitoral da coalizão de direita Aliança Democrática em Lisboa, sexta-feira, 8 de março de 2024. AP - Armando Franca
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Márcia Becharaenviada especial da RFI a Lisboa

Como previsto pelas pesquisas de opinião na reta final desta campanha em Portugal, é a direita quem deve vencer estas eleições legislativas antecipadas, levando o país europeu a uma guinada histórica após oito anos de governo socialista, e nas vésperas dos 50 anos da Revolução dos Cravos, festa nacional da luta contra a ditadura salazarista, que acontece no 25 de abril.

Os eleitores portugueses atenderam ao chamado dos diversos partidos e do presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, e compareceram às urnas em todo o país, diminuindo significamente a gigantesca abstenção (de quase 50%) dos pleitos anteriores de 2019 e 2022. Rebelo de Sousa chegou a afirmar ontem, durante discurso em cadeia nacional de televisão, que 2024 fechava "um ciclo histórico em Portugal".

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Administração Interna (MAI), até às 16h cerca de 51,96% dos eleitores haviam votado, uma porcentagem superior à das últimas legislativas, realizadas em 30 de janeiro de 2022, quando a afluência média às urnas, à mesma hora, era estimada em 45,66%.

Também a afluência às urnas dos eleitores portugueses às 16h deste domingo (10) já era superior ao total de votantes em 2022, que foi de 51,42%.

As primeiras apurações das eleições legislativas de Portugal deste domingo (10) mostram projeções de resultados de 29% a 33% para a coligação da direita tradicional da Aliança Democrática, de 24% a 29% para o Partido Socialista (depois de oito anos de maioria absoluta no poder) e de 18% a 21% para o partido de extrema direita Chega. 

Até o fechamento desta edição, a coligação de direita Aliança Democrática (AD), liderada por Luis Montenegro, havia eleito 62 deputados, o Partido Socialista (PS) de Pedro Nuno Santos, 59, o Chega de André Ventura, 37, e as legendas Iniciativa Liberal, pequeno partido de direita, 3, o Bloco de Esquerda, de esquerda radical, 2 deputados, assim como o Livre, também com 2 cadeiras garantidas num total de 230 da Assembleia da República de Portugal.

Para obter maioria absoluta no Congresso português, uma coligação deve ter no mínimo 116 cadeiras.

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