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Itália/cinema

Morre em Roma diretor italiano Ettore Scola

Morreu nesta terça-feira (19) em Roma, aos 84 anos, o diretor de cinema italiano Ettore Scola, um dos grandes nomes do cinema italiano e autor, entre outros filmes, de "Um dia muito especial" e "Nós que nos amávamos tanto".

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De acordo com a imprensa italiana, o diretor deu entrada no serviço de cirurgia cardíaca da policlínica de Roma, um dos maiores hospitais da capital italiana, onde estava em coma desde domingo (17). Sua morte comoveu o país. Para o chefe de governo italiano, Matteo Renzi, Ettore Scola "era um mestre dotado de uma capacidade incrível e aguda para ler a Itália, sua sociedade e suas mudanças".

Nascido em 10 de maio de 1931, em Trevico, perto de Nápoles, e criado em Roma, o diretor era um dos últimos grandes mestres do cinema italiano e dirigiu atores como Marcello Mastroianni, Sophia Loren, Vittorio Gassman e Nino Manfredi. Ettore Scola também foi um dos cineastas italianos mais ligados à França e a vários atores, como Michel Simon, Jean-Louis Trintignant, Serge Reggiani, Fanny Ardant e Gérard Depardieu. Quinze de seus filmes foram coproduções franco-italianas.

Primeiro filme do diretor foi lançado em 1950

O diretor começou a escrever roteiros nos anos 1950, antes de passar para o outro lado da câmera em 1964 com seu primeiro filme, "Fala-se de Mulheres", com a participação de Gassman, Mastroianni e Manfredi. Um de seus filmes mais famosos foi "Nós que nos amávamos tanto", em que Manfredi, Gassman e Stefano Satta Flores se apaixonam pela deslumbrante Stefania Sandrelli.

Três anos depois, em 1977, ele dirige "Um dia muito especial", com Marcello Mastroianni e Sophia Loren. Com um filme anterior de Scola, "Ciúme à italiana" (1970), Mastroianni ganhou a Palma de melhor ator no Festival de Cannes. Aos 16 anos, Ettore Scola começou a colaborar em uma revista satírica da época, "Marco Aurelio", primeiramente como cartunista e em seguida como jornalista, descrevendo cenas da vida italiana. Foi lá que conheceu aquele que seria um de seus grandes amigos, Federico Fellini.

A partir de 1950 ele entra para o cinema, escrevendo vários roteiros, entre eles "A marcha sobre Roma" (1962) e "Os monstros" (1963) para Dino Risi. Ettore Scola estreia como diretor em 1964 e desenvolve temas em torno da amizade, da família,da burguesia, ou da ambição social.

Diretor era ligado ao Partido Comunista e Democrata

Esquerdista convicto, ligado ao Partido Comunista de Enrico Berlinguer e, mais recentemente, ao Partido Democrata, o cineasta também explorou a história revolucionária da França, em "La Nuit de Varennes" (1982). Ettore Scola militou no Partido Comunista Italiano (PCI) e foi ministro da Cultura de um "gabinete sombra" formado em 1989 pelos dirigentes comunistas italianos. Seu último filme, "Que estranho chamar-se Federico - Scola conta Fellini", foi um nostálgico documentário sobre Fellini, lançado em 2013.

(Com informações da AFP)

 

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