O cineasta italiano Federico Fellini morreu há 20 anos, em Roma, aos 73 anos. Ele é considerado como um dos grandes cineastas de todos os tempos, num clube que reúne nomes como Chaplin, Bergman, Kurosawa e Hitchcock.
Fellini começou como roteirista do neorealismo, movimento do pós-guerra italiano que revelou nomes como Roberto Rossellini e Vittorio de Sica. O filme de estreia foi a comédia “Abismo de um Sonho”, em 1952, seguido de “Os Boas-Vidas”. “A Estrada”, de 1954, foi o primeiro grande sucesso internacional, com Giulietta Masina, sua mulher durante 50 anos, no papel principal, ao lado de Anthony Quinn.
A temática neorealista vai aos poucos se mesclando com toques de poesia, melancolia e sonhos, que viraram marcas registradas de Fellini. A Palma de Ouro de Cannes veio em 1960, por “A Doce Vida”, com Marcello Mastroianni. Ele recebeu ainda mais quatro Oscars de melhor filme estrangeiro.
Fellini fincou parcerias históricas. A mulher Giulietta encarnou outros personagens que entraram para o universo cinematográfico como a simplória Gesolmina ("A Estrada"), a prostituta de “Noites de Cabíria” e a atormentada burguesa abandonada pelo marido de “Julieta dos Espíritos”. O compositor Nino Rota também marcou a obra de Fellini, assinando quase todas as trilhas do diretor. Já o ator e amigo Marcello Mastroianni foi considerado como um alter ego do cineasta.
Em São Paulo, o Museu da Imagem e do Som (MIS) organizou “20 anos sem Fellini” para homenagear o diretor. André Sturm, cineasta e diretor do MIS, e Adhemar de Oliveira, diretor de programação do Grupo Espaço de Cinema, e pioneiro do cineclubismo no Brasil, falaram à Rádio França Internacional sobre Fellini.
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