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Presidente da Polônia diz que não vai permitir “assassinato” das minas de carvão

O presidente conservador da Polônia, Andrzej Duda, disse que não vai permitir que assassinem as minas de carvão em seu país. O uso de combustíveis fósseis é o grande vilão da COP24, a Conferência do Clima da ONU, que acontece na cidade polonesa de Katowice.

O presidente polonês, Andrzej Duda
O presidente polonês, Andrzej Duda RFI / Marc Etcheverry
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O chefe de Estado polonês denunciou o que chama de “interesses estrangeiros” e o “politicamente correto” que marcam o debate da COP24, com fim previsto para o dia 14 de dezembro. “Nós somos os organizadores, mas também estamos aqui para dizer a verdade, sem filtros”, explicou, diante dos mineiros que celebravam a festa tradicional de Santa Bárbara em Brzeszcze, no sul do país.

A economia polonesa vai “continuar a depender do carvão. É claro, realizaremos a conversão energética, mas com nossa estratégia, e o carvão permanecerá na Polônia”, disse Duda. As autoridades do país, que se proclamam a favor da indústria mineradora e da defesa dos empregos na região de Silésia, se encontram numa situação delicada, em meio a todos os apelos para reduzir a utilização do carvão e as emissões de gases de efeito estufa.

Katowice se desenvolveu através do carvão

Nas vésperas da COP24, Varsóvia fez algumas promessas de investimentos em energia renovável. As propostas, entretanto, são consideradas tímidas por ambientalistas. O governo polonês se comprometeu a diminuir a parcela de carvão na matriz energética dos atuais 80% para 60% até 2030 e afirmou que construirá usinas nucleares. A energia nuclear é considerada menos poluente na produção de energia, mas a tecnologia é controversa, pelos riscos que representa.

Katowice se desenvolveu graças às minas de carvão. A conferência acontece dentro de uma mina de carvão desativada e – outro ponto controverso – tem como um de seus patrocinadores oficiais uma companhia estatal de carvão.

Há décadas, a cidade tem um sério problema de poluição do ar, provocada principalmente pelos velhos sistemas de calefação das casas, que são ainda em grande parte a carvão. A prefeitura vem fiscalizando e incentivando a modernização da calefação doméstica, até mesmo com uso de drones.

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