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OMS/Brasil

Financiamento público estimula pesquisa sobre vacina contra o zika

Pelo segundo dia consecutivo, o jornal Les Echos dá destaque ao Brasil. Na edição de ontem o tema era economia. Nesta quarta-feira (24), o diário relata a visita ao país da diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan. Ela visita Recife para ver de perto os danos causados pela epidemia do zika vírus, principalmente entre as gestantes que têm dado à luz bebês com microcefalia.

Panfletos que foram distribuídos durante o dia nacional de mobilização contra o zika no Rio de Janeiro, em 13 de fevereiro de 2016.
Panfletos que foram distribuídos durante o dia nacional de mobilização contra o zika no Rio de Janeiro, em 13 de fevereiro de 2016. REUTERS/Sergio Moraes
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O jornal francês diz que a presidente Dilma Rousseff recebeu Margaret Chan ontem em Brasília com a firme intenção de "captar os US$ 56 milhões reservados pela OMS para combater o zika".

Quinze laboratórios e empresas de biotecnologia trabalham para desenvolver uma vacina

, mas vai demorar alguns anos até que um produto confiável chegue ao mercado, adverte o jornal. O zika continua pouco conhecido dos cientistas, segundo Les Echos.

Devido ao caráter benigno da infecção, à exceção de mulheres grávidas, apenas 250 artigos científicos sobre o zika foram publicados até hoje, contra 19 mil artigos científicos sobre a dengue. Les Echos lembra ainda que os pesquisadores demoraram 20 anos para produzir uma vacina contra a dengue. Segundo o jornal francês, no caso do zika, o avanço deve ser mais rápido pelo interesse despertado no setor farmacêutico e pelos incentivos públicos.

Pesquisa acumulada com a dengue facilita estudos

De acordo com Les Echos, além do Sanofi Pasteur, empresas de biotecnologia como a franco-austríaca Valneva, as americanas Inovio, Protein Sciences e PaxVax, além da indiana Bharat Pharmaceuticals, dispõem de pesquisas avançadas pela experiência acumulada com a dengue, a encefalite japonesa e o vírus do oeste do Nilo.

Em ratos ou no homem, a primeira fase de testes clínicos de potenciais vacinas contra o zika vai começar, provavelmente, no segundo semestre do ano e continuar ao longo de 2017. O financiamento público estimula essa corrida. Além do dinheiro da OMS, o presidente americano, Barack Obama, pediu US$ 1,8 bilhão em caráter de urgência ao Congresso para desenvolver a vacina contra o zika.

Ministra da Saúde francesa faz campanha de prevenção nas Antilhas

Enquanto Margaret Chan está no Brasil, a ministra da Saúde francesa, Marisol Touraine, inicia hoje um giro nas Antilhas francesas e na Guiana para lembrar a importância da prevenção na proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor do zika vírus. Atualmente, existem 6.050 casos suspeitos de infecção pelo zika na Martinica e 790 na Guiana Francesa. A ilha de Guadelupe registra o menor número de doentes, 221, mas apresenta a progressão mais rápida de contaminações na região.

Marca francesa de repelente multiplica produção por 30 no Brasil

Les Echos revela aos franceses que a epidemia do zika provocou uma explosão de 50% na venda de repelentes no Brasil. A realidade é que "durante as crises, uns choram enquanto outros exultam de alegria", diz o jornal. Além de fabricantes tradicionais, o medo do mosquito dá espaço para empresas menores nesse setor, como a francesa Osler, cuja produção, segundo o diretor da filial no Brasil, foi multiplicada por 30. A Osler já tem, hoje, 40 mil pontos de venda do repelente Exposis no Brasil.

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