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Canadá: situação 'muito grave' obriga até mesmo bombeiros a abandonarem cidade em chamas

Os incêndios no extremo norte do Canadá ganharam força neste sábado (26), alimentados pelo vento e pelas altas temperaturas, obrigando à evacuação total de outra cidade dos Territórios do Noroeste. O risco em Hay River, uma cidade com cerca de quatro mil habitantes, é tão grande que até mesmo bombeiros e trabalhadores essenciais receberam uma ordem para deixar a região, afirmaram as autoridades.

Moradores observam chamas no Canadá.
Moradores observam chamas no Canadá. © Darren HULL / AFP
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O risco em Hay River, uma cidade com cerca de quatro mil habitantes, é tão grande que até mesmo bombeiros e trabalhadores essenciais receberam uma ordem para deixar a região, afirmaram as autoridades.

O governo local ordenou que todos que estivessem na cidade se dirigissem ao aeroporto das proximidades e aguardassem por instruções.

"Qualquer um que permaneça em Hay River o faz sob risco próprio. Não haverá serviços de emergência ou respostas disponíveis", alertaram em comunicado.

Até o momento, cerca de dois terços de toda a população dos Territórios do Noroeste - uma área extensa, mas pouco povoada - foram retirados para províncias vizinhas, por vezes a 2.000 quilômetros de distância.

"Os ventos extremos do sudoeste empurraram o fogo para a cidade ao longo da estrada, forçando as tripulações e aeronaves a se retirarem e se reagruparem a uma distância segura", disse Shane Thompson, ministro do Meio Ambiente da região, qualificando a situação como "muito grave".

As autoridades também confirmaram que os bombeiros estão combatendo chamas que se estendem por vários quilômetros de extensão.

O Canadá está enfrentando a pior temporada de incêndios florestais já registrada, com grande parte do país sendo atingida por altas temperaturas e por uma seca severa.

Ao todo, 200 mil pessoas foram evacuadas e quatro morreram. Além disso, 15 milhões de hectares foram devastados, um número maior do que o dobro do recorde anterior, e que pode aumentar, visto que a temporada ainda não terminou.

Especialistas afirmam que o aquecimento global agravou as condições que favorecem os incêndios florestais.

(Com AFP)

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