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Líder militar do Hezbollah é morto em ataque israelense no Líbano

Um líder militar do Hezbollah pró-iraniano foi morto em um ataque israelense no sul do Líbano nesta segunda-feira (8), em meio a temores sobre a ampliação do conflito na Faixa de Gaza. 

O líder do Hezbollah libanês, Sayyed Hassan Nasrallah, se dirige a seus partidários por meio de um telão durante uma cerimônia que marca o quarto aniversário do assassinato do general Qassem Soleimani, um alto comandante militar iraniano, em um ataque americano nos subúrbios ao sul de Beirute, no Líbano, em 3 de janeiro de 2024.
O líder do Hezbollah libanês, Sayyed Hassan Nasrallah, se dirige a seus partidários por meio de um telão durante uma cerimônia que marca o quarto aniversário do assassinato do general Qassem Soleimani, um alto comandante militar iraniano, em um ataque americano nos subúrbios ao sul de Beirute, no Líbano, em 3 de janeiro de 2024. REUTERS - MOHAMED AZAKIR
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O homem "desempenhava um papel de liderança na direção das operações militares no sul", de onde o Hezbollah libanês vem realizando ataques quase diários contra Israel nos últimos três meses, de acordo com um chefe da segurança libanês, que pediu anonimato.

Ele foi morto "em um ataque israelense que teve como alvo seu carro no vilarejo de Kherbet Selm", a cerca de dez quilômetros da fronteira com Israel, acrescentou. À tarde, o Hezbollah anunciou a morte do "comandante Wissam Hassan Tawil", morto em combate.

O ataque ocorre após a morte do número dois do Hamas, Saleh al-Arouri, e de seis outros líderes e membros do movimento em um ataque atribuído a Israel em 2 de janeiro.

O ataque teve como alvo um escritório do grupo palestino nos subúrbios do sul de Beirute, um reduto do Hezbollah, que anunciou no sábado que havia disparado 62 foguetes contra uma base militar no norte de Israel em retaliação.

Pressão diplomática

O ataque ao escritório do Hamas alimentou os temores de uma extensão do conflito para a Faixa de Gaza.

O chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, continua na segunda-feira uma turnê na região, cujo um dos objetivos é evitar uma escalada e, em particular, impedir que as tensões entre Israel e o Hezbollah saiam do controle, de acordo com autoridades dos EUA. Blinken chegar nesta segunda-feira a Tel Aviv.

Em Beirute, no sábado, o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, disse que o Líbano não deve ser "arrastado para um conflito regional".

O Hezbollah alega estar agindo em apoio ao Hamas, seu aliado que controla a Faixa de Gaza, onde a guerra entrou em seu quarto mês.

Israel prometeu destruir o Hamas após o ataque sem precedentes ao seu território em 7 de outubro, que matou cerca de 1.140 pessoas. A ofensiva israelense já matou 23.084 pessoas em Gaza.

Desde o início da violência, o Hezbollah perdeu mais de 135 combatentes em ataques israelenses no sul do Líbano. Mais de vinte civis também morreram, incluindo três jornalistas, de acordo com uma contagem da agência AFP.

Um dos ataques mais mortais, em 23 de novembro, teve como alvo uma casa onde estavam seis combatentes, todos mortos durante a invasão, inclusive dois líderes da força al-Radwan, a unidade de elite do Hezbollah, e o filho de um dos deputados do bloco parlamentar do grupo.

No norte de Israel, nove soldados e cinco civis foram mortos, de acordo com as autoridades israelenses.

(Com AFP)

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