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Blinken e Erdogan se reúnem em Istambul para falar sobre Gaza e a entrada da Suécia na OTAN

O chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, se reuniu com o presidente turco Recep Tayyip Erdogan em Istambul, no sábado (6), na primeira etapa de sua nova turnê pelo Oriente Médio, que continua com uma breve escala na Grécia. 

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em Istambul, em 6 de janeiro de 2024.
O presidente turco Recep Tayyip Erdogan e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em Istambul, em 6 de janeiro de 2024. via REUTERS - MURAT CETINMUHURDAR/PPO
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A reunião, em uma das residências presidenciais no Bósforo, durou cerca de uma hora e 15 minutos, de acordo com fontes diplomáticas dos EUA. Antes, Blinken teve um encontro inicial com o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan. 

O ministro turco, de acordo com uma fonte diplomática, pediu "um cessar-fogo imediato" no território palestino de Gaza. 

Enquanto Erdogan, que denuncia o apoio dos EUA a Israel, país o qual ele descreve como um estado "terrorista", recusou a visita anterior de Blinken a Ancara em novembro. 

Erdogan é um dos críticos mais ferozes de Israel, tendo prometido "destruir" o Hamas em retaliação ao ataque sem precedentes do movimento islâmico palestino em solo israelense em 7 de outubro, que matou cerca de 1.140 pessoas, a maioria civis. 

O presidente turco considera o Hamas um "grupo de libertadores". No entanto, após o ataque de 7 de outubro, ele pediu aos líderes políticos do Hamas que vivem na Turquia que deixassem o país. 

Na sexta-feira (5), o Departamento de Estado dos EUA prometeu até US$ 10 milhões em troca de informações sobre cinco "facilitadores financeiros" do Hamas, três dos quais, de acordo com Washington, residem na Turquia.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reuniu-se com o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, em Istambul, em 6 de janeiro de 2024, antes de sua reunião com o presidente turco, Erdogan.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, reuniu-se com o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, em Istambul, em 6 de janeiro de 2024, antes de sua reunião com o presidente turco, Erdogan. REUTERS - EVELYN HOCKSTEIN

Palestinos em Gaza X Suécia na OTAN

As discussões com o presidente turco se concentraram na situação em Gaza e na entrada da Suécia na OTAN, de acordo com um comunicado de imprensa do Departamento de Estado. 

Blinken enfatizou ao seu anfitrião "a necessidade de evitar que o conflito se espalhe, de aumentar a ajuda humanitária, de reduzir o número de vítimas civis, de trabalhar em prol de uma paz regional duradoura e de avançar em direção ao estabelecimento de um Estado palestino".

Além disso, de acordo com a breve declaração, a autoridade americana pediu "a finalização (do processo) da adesão da Suécia à OTAN", que ainda carece do acordo da Turquia e da Hungria. 

Após uma breve escala em Creta na noite de sábado, Blinken deve viajar para a Jordânia e depois para Israel, para a Cisjordânia ocupada e para outros países da região para tentar evitar uma conflagração regional, três meses após o início da guerra entre Israel e o Hamas. 

Blinken pretende pedir que as autoridades de cada país usem seus canais de comunicação com o Irã para deixar claro que os Estados Unidos não estão buscando uma escalada do conflito. Mas também deixar claro que os EUA defenderão seus interesses quando forem atacados, segundo informações de fonte anonima do governo americano. 

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Aumento das tensões no Oriente Médio

Na Síria e no Iraque, os ataques a bases militares dos EUA aumentaram nas últimas semanas, e os rebeldes huthis apoiados pelo Irã no Iêmen estão intensificando os ataques a embarcações comerciais no Mar Vermelho, a fim de impedir a navegação internacional em "apoio" aos palestinos.

As operações militares israelenses na Faixa de Gaza já causaram 22.600 mortes, a maioria delas de civis, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas em um balanço atualizado neste sábado.

Com informações da AFP

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