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Parlamento da Finlândia aprova antecipadamente entrada na Otan, mas ainda depende da Hungria e da Turquia

Na tentativa de tornar-se membro da Otan o quanto antes, o Parlamento da Finlândia aprovou nesta quarta-feira (1º), de maneira antecipada e por grande maioria, a adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte. A adesão, no entanto, ainda precisa da assinatura da Hungria e da Turquia.

A primeira-ministra finlandesa Sanna Mari, durante a votação pela aprovação da entrada do país na Otan, em 1° de março de 2023.
A primeira-ministra finlandesa Sanna Mari, durante a votação pela aprovação da entrada do país na Otan, em 1° de março de 2023. © Heikki Saukkomaa / AFP
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Com informações de Carlotta Morteo, correspondente da RFI na Suécia

A invasão russa à Ucrânia provocou uma alteração profunda na política militar da Finlândia e da Suécia. Os países escandinavos que, desde a década de 1990 mantinham-se neutras, decidiram em maio do ano passado candidatar-se à Otan.

O processo de aceite ainda depende da ratificação da Hungria e da Turquia, membros da aliança. No entanto, como prova de seu engajamento, os deputados finlandeses decidiram aprovar antecipadamente a entrada do país no grupo.

O ingresso na Otan foi aprovado no Parlamento finlandês por quase unanimidade: 184 votos a favor, e apenas sete votos contra, contados entre representantes da extrema direita e da extrema esquerda. Entre os motivos elencados, a inexistência de garantias de que o país, que faz fronteira com a Rússia, não receberá armas nucleares em seu território.

O ministro da Defesa finlandês comemorou o resultado. "A segurança da Otan é uma causa comum", publicou Antti Kaikkonen no Twitter.

O resultado tira um fantasma do horizonte. Com as eleições finlandesas marcadas para 2 de abril, o governo da primeira-ministra Sanna Marin queria evitar qualquer atraso no processo de ingresso à Otan por conta de um vácuo político em seu país.

Sem a Suécia

No início do processo, a Finlândia declarou que pretendia entrar na Otan ao lado da Suécia. O país vizinho, no entanto, tornou-se uma barreira para o aceite da Turquia, que critica a Suécia por manter em seu território exilados políticos curdos considerados por Ancara como terroristas.

Na última segunda-feira, a Turquia disse estar aberta a tratar - e aprovar - a entrada da Finlândia separadamente da Suécia. Ainda falta saber o posicionamento da Hungria, mas a possibilidade ganhou apoio popular na Finlândia. Uma pesquisa recente mostra que a maioria dos finlandeses são a favor que a Finlândia entre na Otan sem esperar a Suécia.

O Parlamento húngaro iniciou nesta quarta-feira o processo de adesão da Finlândia e da Suécia, mas o resultado da votação, previsto para 6 e 9 de março, parece incerto.

(Com AFP)

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