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Síria/ Rússia

Assad anunciará referendo sobre Constituição, diz Rússia

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, disse hoje, após se encontrar com o presidente da Síria, Bashar al-Assad, em Damasco, que o governo sírio vai anunciar "em breve" a data de um referendo sobre uma nova Constituição para o país, cujo texto já foi finalizado. Lavrov classificou como "muito útil" sua passagem pela capital da Síria.

Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, durante coletiva de imprensa em Damasco, nesta terça-feira.
Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, durante coletiva de imprensa em Damasco, nesta terça-feira. REUTERS/SANA
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Assad teria dito que vai se encontrar nos próximos dias com uma comissão que redigiu a Constituição, que havia sido anunciada no dia 10 de janeiro. O texto limitaria o mandato presidencial a sete anos, renováveis uma vez.

Lavrov ainda relatou que Assad quer dialogar com todas as forças políticas sírias. "É claro que todos os esforços para acabar com a violência devem ser acompanhados pelo diálogo entre todas as forças políticas. Hoje, recebemos a confirmação do presidente sírio para apoiar esse trabalho". Na reunião, o ditador explicou que a comissão nacional para o diálogo pode gerenciar o processo de conciliação.

Segundo o chanceler russo, o presidente da Síria prometeu-lhe "pôr fim à violência de onde quer que ela venha". "Tivemos um encontro muito útil. O presidente sírio nos garantiu principalmente que estava inteiramente comprometido com o fim da violência de onde que ela venha", declarou Lavrov, citado pelas agências russas.

O ministro russo disse ainda que a Síria quer que a missão da Liga Árabe continue a atuar no país e que ela seja ampliada. “A Síria vai informar a Liga Árabe que está interessada no prosseguimento do trabalho da missão da Liga [na Síria] e em aumentar os seus efetivos.”

A Liga Árabe havia suspendido os trabalhos de observação no país no último dia 28, pela falta de independência e a continuidade das violências, que já mataram mais de 6 mil pessoas em 11 meses. Com base nas conclusões dos árabes, os países ocidentais haviam elaborado um projeto de resolução contra a Síria no Conselho de Segurança da ONU, vetado no sábado pela Rússia e a China. Mas hoje o ministro russo afirmou que seu país está disposto a encontrar uma solução à crise na Síria por meio do plano árabe, que prevê a saída de Assad do poder e transferência do governo para o seu vice-presidente.
 

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