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França/Irã

França convoca embaixador no Irã para consulta

O governo francês convocou nesta quarta-feira Bruno Foucher, embaixador no Irã, para consulta, em protesto à invasão da embaixada britânica em Teerã. De acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores, o ataque é uma violação flagrante e inaceitável da Convenção de Viena, de 1963, que prevê proteção aos membros das missões diplomáticas.

Ataque à embaixada britânica no Irã, nesta terça-feira, 29 ed novembro de 2011.
Ataque à embaixada britânica no Irã, nesta terça-feira, 29 ed novembro de 2011. AFP PHOTO/ATTA KENARE
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De acordo com o comunicado do governo francês, "a França denuncia de maneira firme a invasão à embaixada britânica em Teerã." Segundo o texto, nesta quarta-feira, o chanceler Alain Juppé convocou o embaixador Bruno Foucher, "para lembrar as autoridades iranianas de suas obrigações" e "condenar a passividade da polícia iraniana diante da violência dos manifestantes." Cerca de 20 funcionários britânicos deixaram o país na manhã de hoje, em um voo em direção à Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A operação foi coordenada em parceria com outras embaixadas europeias.

Os ministros das relações exteriores dos 27 países membros da União Europeia vão discutir nesta quinta-feira em Bruxelas uma reação conjunta ao incidente e ao comportamento das autoridades iranianas. O bloco europeu também deverá analisar a adoção de novas sanções contra o país, como defende o governo francês. As medidas incluem o congelamento de ativos e o embargo de exportações de derivados do petróleo. A França já anunciou que vai interromper as importações de petróleo iraniano, em resposta ao controverso programa nuclear do país, suspeito de fabricar uma bomba atômica.

Com o incidente na embaixada britânica, cresce a tensão entre o regime iraniano e a comunidade internacional. Diversos países europeus, entre eles a Alemanha, a Suécia e a Holanda, já convocaram seus embaixadores para consulta, ou não descartam a hipótese de fechar suas representações diplomáticas no país, como a Itália. O chanceler italiano, Giulio Terzi, declarou nesta quarta-feira que está analisando a possibilidade com atenção. A Noruega também decidiu pelo fechamento, por razões de segurança.

Nesta terça-feira, o chanceler francês Alain Juppé já havia condenado o ataque à embaixada britânica em Teerã. O prédio foi saqueado no dia seguinte a um voto do Parlamento iraniano prevendo a expulsão do embaixador britânico do país. A decisão foi uma represália às sanções da Grã-Bretanha. O chanceler britânico, William Hague, decidiu repatriar todo o corpo diplomático nas próximas 48 horas depois do incidente.De acordo com a TV iraniana, que citou um porta-voz do governo, a decisão do ministro britânico terá ‘consequências’, em alusão a novas possíveis represálias do regime de Mahmoud Ahmadinejad.
 

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