Manifestantes invadem embaixada britânica em Teerã

Dezenas de manifestantes invadiram, nesta terça-feira, a embaixada da Grã Bretanha em Teerã e substituíram a bandeira britânica pela iraniana. Os manifestantes protestavam contra as sanções infringidas por Londres ao Irã por causa de seu controvertido programa nuclear. Paris, Roma e Moscou condenaram a invasão.

Manifestantes invadem embaixada britânica em Teerã. REUTERS

O grupo de manifestantes escalou o muro do parque da embaixada, quebrou os vidros do prédio antes de entrar e jogou objetos pelas janelas, segundo imagens transmitidas pela televisão estatal. O governo inglês pediu a seus cidadãos que estão em solo iraniano que não saiam de casa.

Segundo comunicado do Foreing Office, altos responsáveis britânicos se reuniram com o encarregado de relações internacionais iraniano em Londres para pedir as autoridades do Irã de agir o mais rápido possível para retomar o controle da situação e proteger a embaixada britânica.

A polícia que protegia a embaixada não interveio para impedir o ataque que se produziu durante uma manifestação de estudantes diante da missão diplomática britânica para pedir seu fechamento e a expulsão imediata do embaixador.

A Itália, a França e a Rússia condenaram a invasão da embaixada. O ministro das Relações Exteriores italiano, Giulio Terzi, disse em comunicado que o “ato era intolerável”. O chefe da diplomacia francesa, Alain Juppé afirmou que a França responsabiliza as autoridades iranianas pela segurança e a integridade das missões diplomáticas em Teerã. “Nessas circunstâncias inaceitáveis, a França manifesta sua solidariedade ao Reino Unido”, completou.

Domingo, o Parlamento iraniano votou uma lei que reduz as relações diplomáticas e prevê a expulsão do embaixador britânico em um prazo de duas semanas.

Essa decisão foi tomada em represália às novas sanções econômicas contra o Irã decididas por Londres, em conjunto com os Estados Unidos e o Canadá, depois da publicação de um relatório da Agência Internacional da energia atômica que aumentaram as suspeitas dos países ocidentais de que Teerã esteja trabalhando na fabricação de armas nucleares, informação desmentida pelo Irã.