Acessar o conteúdo principal
Síria/Repressão

Violência continua na Síria apesar da pressão internacional

A comunidade internacional mantém sua pressão contra o governo da Síria. Nesta terça-feira o chefe da diplomacia da Turquia, Ahmet Davutoglu, visitou Damasco com a missão de convencer o regime a por um ponto final na repressão contra os opositores. Apesar de cada vez mais isolado, o presidente sírio Bashar al-Assad não dá sinais de que vai desistir de usar a violência para calar seus adversários.

O presidente sírio Bashar al-Assad se encontrou com o chefe da diplomacia da Turquia, Ahmet Davutoglu, nesta terça-feira.
O presidente sírio Bashar al-Assad se encontrou com o chefe da diplomacia da Turquia, Ahmet Davutoglu, nesta terça-feira. Reuters
Publicidade

Todos os dias cresce na Síria o número de vítimas da política de repressão do regime do presidente Bashar al-Assad. Instituições árabes e países vizinhos quebram o seu silêncio e criticam abertamente o massacre que vem acontecendo no país. Mais seis civis foram mortos numa operação das forças de segurança sírias na manhã desta terça-feira, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. O último fim de semana já havia sido violento, contabilizando 54 mortos.

O ministro das Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu, chegou nesta terça-feira a Damasco para mandar uma mensagem clara para as autoridades locais: que eles coloquem um término à repressão.

Ontem a Arábia Saudita, o Kuwait e o Bahrain retiraram os seus embaixadores de Damasco, após terem publicado na véspera um comunicado conjunto com os Emirados Árabes, o Omã e o Catar. Em nome das monarquias do Golfo, eles pediram às autoridades sírias para “impedir o derramamento de sangue” e realizar “reformas sérias”. A Liga Árabe também se pronunciou nesse fim de semana, pedindo que as violências acabem “imediatamente”.

A famosa Instituição sunita Al-Azhar também divulgou um comunicado, no qual afirmava que “por muito tempo” eles não tinham falado sobre o que vem acontecendo na Síria. Segundo a Al-Azhar, “a situação está extrapolando todos os limites” e que a única solução agora é colocar um ponto final nesta “tragédia árabe e islâmica”. Os Estados Unidos saudaram as posições tomadas pelos países árabes.

"Já chegamos no limite da nossa paciência", declarou no sábado o Primeiro Ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, ao comentar a decisão de enviar o seu ministro das Relações Exteriores a Damasco. O governo sírio não tardou a responder. A conselheira do presidente Assad, Boussaïna Chaabane, criticou Ankara e preveniu que o chanceler Davutoglu vai receber "uma mensagem firme" da parte da Síria.

Apesar de todas as críticas, o presidente Bashar al-Assad justifica o uso da força e a presença do exército das ruas. O presidente afirma que tem a “obrigação” de agir contra os “fora-da-lei”, que ele acusa de “aterrorizar a população”. Segundo várias ONGs sírias, pelo menos 2000 pessoas já morreram desde o início das manifestações, no dia 15 de março.

Victória Álvares, em colaboração para RFI
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.