Pelo menos 52 civis morrem na Síria, reprimidos pelo Exército
Pelo menos 52 civis morreram neste domingo durante operações militares na Síria. A maioria delas, 42 pessoas, teria morrido em confrontos na cidade de Deir Ezzor, leste do país, que foi tomada pelo exército, segundo informou a Liga síria para os Direitos Humanos.
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Desde hoje de manhã, milhares de pessoas tentavam deixar a cidade em direção ao norte do país. O regime do presidente Bachar al-Assad enviou tanques de guerra a Deir ez Zor para intimidar os manifestantes contra o regime.
Neste domingo, a Liga Árabe fez um apelo ao governo sírio para que "cesse imediatamente", a violência contra os manifestantes. Em um comunicado oficial, a organização indica estar preocupada com a degradação da segurança na Síria. Essa é a primeira vez que a Liga Árabe se pronuncia oficialmente desde o início da rebelião popular no país, em março deste ano.
Neste domingo, o presidente da Síria, Bashar al Assad, justificou a repressão, afirmando que é um "dever do Estado" proteger a segurança de seus cidadãos e agir contra aqueles que "violam a lei". A declaração foi feita em Damasco, depois que al Assad se reuniu com o ministro das Relações Exteriores do Líbano, Adnan Mansour.
Desde o início dos protestos populares contra o regime, o governo síriou afirma que as manifestações são obra de grupos terroristas e de baderneiros, que seguem ordens externas, em uma "conspiração" para desestabilizar a Síria.
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