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Egito/Reações internacionais

Obama critica a posição de Mubarak após pronunciamento televisivo

Para Barack Obama, as medidas anunciadas por Hosni Mubarak não foram suficientes. O chefe da Casa Branca estima que o presidente egípcio deveria mostrar um caminho mais claro em direção à democracia.

Barack Obama pouco antes do pronunciamento de Hosni Mubarak, na noite de quinta-feira.
Barack Obama pouco antes do pronunciamento de Hosni Mubarak, na noite de quinta-feira. Reuters
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Da correspondente em Washington, Raquel Krahenbuhl

O anúncio de que Hosni Mubarak não renunciaria ao cargo caiu como um balde de água fria nos Estados Unidos, um dos maiores aliados do Egito no cenário internacional. Logo após o pronunciamento, o presidente Barack Obama reuniu seu time de segurança nacional para responder ao discurso do líder egípcio.

A nota divulgada pela Casa Branca exprime indignação e até falta de paciência. Obama questionou duramente a credibilidade do pronunciamento de Mubarak e pediu insistentemente que o governo do Egito seja claro com seu povo e com o resto do mundo.

O presidente norte-americano disse ainda que muitos egípcios continuam descrentes sobre uma transição genuína para a democracia. Ele enfatizou que a liderança egípcia deve explicar o significado das novas mudanças e ser clara e direta sobre o processo que vai resultar na democracia que a população tanto almeja. Para a Casa Branca, o povo egício já deixou claro que não há caminho de volta e suas vozes precisam ser ouvidas.

Outras reações

"O presidente Mubarak ainda não abriu o caminho para reformas mais rápidas e profundas" que o Egito necessita com urgência, declarou a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton. Decepção também do lado alemão, onde o ministro das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, disse que o discurso do líder egípcio “não foi o esperado”.

O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, estima que a solução para a crise no Egito deve vir do povo. “Por enquanto nós ignoramos quais foram exatamente os poderes delegados (ao vice-presidente Omar Suleiman). Tudo o que nós queremos é que eles consigam chegar ao fim de suas divergências de maneira pacífica e democrática".

Já na França Nicolas Sarkozy teve uma reação moderada ao discurso de Mubarak. O presidente francês disse que o Egito precisa de tempo para se dotar de partidos políticos, estruturas e princípios que garantam a democracia nascente no país e não a substituição do atual regime por uma outra forma de ditadura, religiosa, como aconteceu no Irã após a queda do xá Reza Pahlevi.
 

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