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Tragédia/Espanha

Condutor de trem que descarrilou na Espanha é investigado

Francisco José Garzón, um dos condutores do trem que descarrilou em Santiago de Compostela na quarta-feira à noite será ouvido pela polícia, anunciou nesta quinta-feira, dia 25 de julho, a Justiça da Espanha. O homem de 52 anos levemente ferido permanece no hospital sob vigilância policial. A tragédia, que é a pior da história do país em 70 anos, matou 80 pessoas. O excesso de velocidade foi confirmado como a principal causa do acidente.

Vista aérea da área do acidente que ocorreu nos arredores de Santiago de Compostela, no noroeste da Espanha, na quarta-feira, dia 24 de julho.
Vista aérea da área do acidente que ocorreu nos arredores de Santiago de Compostela, no noroeste da Espanha, na quarta-feira, dia 24 de julho. REUTERS/Aeromedia.es
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O condutor será orientado por um advogado durante o interrogatório. Ele também deve testemunhar diante de um juiz, informou nesta quinta-feira, dia 25 de julho, o Tribunal Superior de Justiça da Galícia, região noroeste da Espanha.

A hipótese do excesso de velocidade, apontada nesta manhã pelas autoridades espanholas, foi confirmada hoje à tarde por um responsável das investigações. Entretanto, ainda não foi divulgada a velocidade em que o trem estava no momento do descarrilamento.

De acordo com o jornal espanhol El Pais, o condutor informou à estação de trem da cidade por rádio, logo após o acidente, ter feito a perigosa curva a uma velocidade de 190 quilômetros por hora. O limite de velocidade neste trecho é de 80 quilômetros por hora. "Espero que não haja mortos porque isso me deixará com peso na consciência", declarou.

O governo espanhol ainda não comunicou oficialmente o motivo do acidente. De acordo com o secretário de Estado dos Transportes, Rafael Catalã, “é preciso esperar os resultados da investigação judicial realizada pela comissão de investigação do ministério”.

Assista ao vídeo do descarrilamento abaixo:

Identificação dos corpos

No local da catástrofe, os vagões, pulverizados, estão sendo retirados. Famílias, que acompanham os trabalhos das equipes de socorro, recebem auxílio de psicólogos colocados à disposição pela prefeitura de Santiago de Compostela. Muitos esperam ainda pela identificação dos corpos e por uma justificativa pela tragédia.

No final da tarde desta quinta-feira, um novo anúncio sobre o número de mortos foi feito: subiu para 80 a quantidade de vítimas fatais, de acordo com o governo da Galícia. Já o número de feridos apontado pelo governo é de 178.

O catástrofe aconteceu às vésperas da festa de Santiago, o padroeiro da Galícia. Todas as festas e cerimônias previstas foram canceladas.

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, visitou os feridos nesta quinta e anunciou três dias de luto em todo o país. Já o rei Juan Carlos, que nasceu na Galícia, informou que a região terá sete dias de luto.

 

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