Excesso de velocidade pode ser a causa do acidente de trem na Espanha
O excesso de velocidade é a principal suspeita da causa do descarrilamento de um trem na região da Galícia, no norte da Espanha, que deixou ao menos 78 mortos e mais de 131 feridos. O acidente, que é uma das tragédias ferroviárias mais graves da Espanha, está sendo investigado. Ainda não há informações se a falha foi humana ou técnica.
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Luisa Belchior, correspondente da RFI em Madri
O trem fazia o trajeto entre Madri e Ferrol, uma pequena cidade da Galícia, quando descarrilou em uma curva a cerca de quatro quilômetros da chegada à estação de Santiago de Compostela por volta das 20h40 de quarta-feira, dia 24 de julho. E como o descarrilamento aconteceu em uma curva, houve esse impacto tão violento.
Todos os vagões viraram de cabeça para baixo, e o último pegou fogo. Um deles foi arremessado a cinco metros de distância e ficou pendurado em uma ribanceira.
Nesta manhã, bombeiros e policiais ainda buscavam pessoas nos escombros, já que o trem viajava com 218 passageiros, segundo a Renfe, administradora da malha ferroviária da Espanha. Ainda não há identificação oficial delas.
Até a manhã desta quinta-feira, a Embaixada do Brasil na Espanha não tinha nenhum registro de brasileiros entre as vítimas. Mas tanto a Embaixada quanro o Itamaraty continuam de plantão para familiares de brasileiros residentes ou de turismo no país.
O acidente aconteceu na véspera do dia de Santiago, uma das principais festividades da Espanha, em homenagem ao patrono do país. A prefeitura da capital galega cancelou todas as celebrações, que durariam uma semana e contariam com desfiles, música pelas ruas, fogos de artifício, concertos, oferendas, espetáculos de teatro e missas. Muitos peregrinos terminam o Caminho de Santiago no dia das celebrações.
Além disso, o presidente da Galícia decretou sete dias de luto oficial. Nesta quinta-feira, o premiê espanhol, Mariano Rajoy, que é da Galícia, visitará a zona do acidente e a cidade de Santiago.
O trem que descarrilou era da linha de alta velocidade do país, o mesmo modelo que o consórcio espanhol participante da concorrência para operar o trajeto entre o Rio e São Paulo pretende utilizar no Brasil.
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