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Turquia/Protestos

UE pede investigação sobre agressões a manifestantes na Turquia

A União Europeia pediu que a Turquia investigue abusos policiais cometidos durante a repressão a manifestantes. As declarações foram feitas por Stefan Fülle, comissário europeu para a expansão da União Europeia que está em visita à Turquia.

Manifestações na Praça Taskim, em Istambul, no dia 5 de junho de 2013.
Manifestações na Praça Taskim, em Istambul, no dia 5 de junho de 2013. REUTERS/Osman Orsal
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“As manifestações pacíficas são um meio legítimo para que grupos possam expressar seus pontos de vista em uma sociedade democrática. Não deve acontecer um excesso da força policial em uma sociedade democrática”, declarou Stefan Fülle nesta manhã. O comissário europeu disse ainda que fica feliz de saber que o governo turco reconhece a importância de conduzir uma investigação “rápida e transparente”.

A comunidade internacional também se mostra preocupada com os excessos da polícia e com a intransigência do governo. De acordo com os Estados Unidos, Erdogan tem usado uma "retórica inútil" contra os ativistas de oposição, o que não ajuda a acalmar a situação. Sinal da tensão da Turquia, a bolsa de Istambul caiu ontem mais de 4%. A chanceler alemã, Angela Merkel, disse hoje em Berlim que não deseja que "nenhuma violência seja exercida contra os manifestantes".

 Retorno

Três mil partidários foram ao aeroporto de Istambul demonstrar apoio ao premiê que tem sofrido forte oposição nas ruas há mais de uma semana. Erdogan fez um discurso firme e pediu aos opositores que cessem imediatamente as manifestações. O premiê utilizou os termos "anarquistas", "extremistas" e até "terroristas", para se referir aos ativistas que protestam contra seu estilo autoritário de governo. "As manifestações perderam o caráter democrático e se tornaram um [ato de]  vandalismo", disse o premiê aos seus partidários que agitavam cartazes com dizeres: "Estamos prontos para morrer por você, Tayyip".

Simultaneamente, os manifestantes da praça Taksim, reunidos para mais uma noite de protesto pacífico, criticaram a arrogância de Erdogan e reafirmaram a intenção de manter o movimento até a renúncia do premiê. Protestos também aconteceram em Ancara.

Nesta sexta-feira, a manhã está calma em Istambul e Ancara que foram palco dos principais protestos nos últimos dias. Vários manifestantes continuam acampados no Parque Gezi e nas tendas podem se ler cartazes com as mensagens: "Não temos medo de nada". 

Os protestos explodiram depois que o governo anunciou um projeto de remodelação urbana do Parque Gezi para a construção de um shopping e da reconstrução de um quartel histórico.
 

 

 

 

 

 

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