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Grécia/Crise

Violência marca greve geral na Grécia

Milhares de funcionários públicos gregos se manifestaram nessa quarta-feira em Atenas e Salônica (no norte da Grécia), durante o dia de greve convocada pelos sindicatos da função pública contra as recentes medidas de austeridade impostas pelo governo. Confrontos entre polícia e manifestantes deixaram quatro pessoas feridas.

Policias prendem manifestante em Atenas, nessa quarta-feira, 05/10.
Policias prendem manifestante em Atenas, nessa quarta-feira, 05/10. REUTERS
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As forças de ordem lançaram gás lacrimogêneo contra dezenas de jovens encapuzados que jogaram garrafas e pedras contra a polícia durante a manifestação em Atenas, que reuniu 18.000 manifestantes. Pelo menos quatro pessoas, entre elas dois policiais, ficaram feridas. Aproximadamente dez manifestantes foram presos, segundo a polícia.

Em Salônica, cerca de 10.000 pessoas se manifestaram contra o plano do governo de colocar em “desemprego técnico” 30.000 funcionários públicos antes do fim do ano, em uma tentativa de diminuir as despesas do país e evitar a falência do Estado. Essa medida foi exigidas pela União Europeia para que a Grécia continue na zona do euro.

O ministro da Economia grego Michalis Chryssohoïdes confirmou que a situação de seu país “é desesperadora”, em uma entrevista que deve ser publicada na quinta-feira na Alemanha. “A falência de um país da zona do euro seria uma catástrofe porque teria um efeito dominó”, afirmou ele. “Por isso não podemos decidir sozinhos por uma moratória da dívida”, completou.

Como resposta a esse pedido de socorro, o diretor para a Europa do Fundo Monetário Internacional, Antonio Borges, insistiu, nessa quarta-feira, que o segundo plano de salvamento da Grécia, decidido no dia 21 de julho pela União Europeia e ainda não lançado, deve ser reexaminado para privilegiar o relançamento do crescimento econômico. A chanceler alemã Angela Merkel reiterou em Bruxelas, que a Grécia deve “continuar a fazer parte da zona do euro”.

A greve de 24 horas do setor público paralisou o país. Escolas e museus ficaram fechados nessa quarta-feira, voos foram anulados e os hospitais atenderam apenas casos urgentes. O movimento também afetou alguns trens e o funcionamento dos tribunais, mas os transportes públicos urbanos funcionaram em Atenas.
 

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