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Grécia/Crise

Grécia não cumprirá metas de déficit acertadas com credores

O primeiro-ministro grego, Georges Papandréou, promoveu uma reunião extraordinária de seu ministério, neste domingo, para discutir o orçamento de 2012 e aprovar novos cortes no funcionalismo.

O ministro grego das Finanças, Evangélos Venizélos.
O ministro grego das Finanças, Evangélos Venizélos. REUTERS
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Os ministros gregos aprovaram por unanimidade a criação de uma "reserva" de funcionários públicos composta de 30 mil servidores, que até o final do ano terão seus salários reduzidos em 40% e poderão ser demitidos no ano que vem. 

Esses ajustes são uma exigência da troika formada pelo FMI, a União Europeia e o Banco Central Europeu para liberar uma parcela de 8 bilhões de euros, quase 20 bilhões de reais, de ajuda financeira que a Grécia necessita para cumprir seus pagamentos. A liberação do dinheiro ainda depende da aprovação dos outros membros da zona do euro, que vão se reunir no dia 13 de outubro.

Segundo novos indicadores divulgados hoje, o que tanto tem sido criticado nos planos de austeridade europeus está acontecendo na Grécia. A redução da atividade econômica foi tão brusca que provocou uma recessão mais severa do que o previsto este ano e, muito provavelmente, no ano que vem. Com isso, a Grécia não vai cumprir as metas de redução do déficit público acertadas com seus credores.

De acordo com os novos cálculos, o país terá um déficit de 8,5% do PIB em 2011, contra 7,6% exigidos inicialmente. O orçamento de 2012 prevê 6,8% de déficit público contra 6,5% da projeção inicial. A economia grega vai se contrair 5,5% este ano e 2% no ano que vem.

Vendo a crise se agravar, os sindicatos gregos preparam novas manifestações nas próximas semanas. Eles querem convencer deputados socialistas a retirar o apoio ao primeiro-ministro. Papandréou conta com uma maioria apertada no parlamento, somente quatro cadeiras a mais do que a oposição.

Em um comunicado divulgado após a reunião de hoje, o Ministério das Finanças pede aos gregos que façam sua parte para ajudar o país a reduzir o déficit público, ou seja, não boicotem os impostos. O Orçamento de 2012 será submetido à votação nesta segunda-feira.

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