Tristane Banon não vai testemunhar nos EUA contra Strauss-Kahn
O advogado da escritora francesa Tristane Banon, que pensa apresentar queixa contra Dominique Strauss-Kahn por uma suposta tentativa de estupro em 2002, afirmou nesta sexta-feira que sua cliente não irá testemunhar contra o ex-chefe do FMI (Fundo Monetário Internacional) em Nova York.
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O advogado David Koubbi explicou a decisão pelo fato de que a presunção de inocência não existe nos Estados Unidos e sua cliente não querer ser incluída nesse contexto. Tristane Banon acusa DSK, como ele é conhecido na França, de ter tentado estuprá-la quando o entrevistava em 2002 em um apartamento parisiense.
Na época com 22 anos, a escritora decidiu não dar queixa por sugestão da mãe, Anne Mansouret, deputada socialista da região da Normandia e amiga da família de Strauss-Kahn. Mas ao contrário da agressão sexual, que deve ser denunciada na França em um prazo de três anos, a tentativa de estupro pode ser denunciada até dez anos depois de ter ocorrido.
A imprensa francesa ignorou os primeiros rumores sobre o caso Banon, surgidos em 2007, mas voltou a se interessar pelo assunto quando Strauss-Kahn foi preso em Nova York.
As autoridades norte-americanas analisam esse caso e aparentemente mais um outro envolvendo alegações de má conduta sexual feitas contra o ex-diretor-gerente do FMI.
Strauss-Kahn, de 62 anos, nega todas as acusações. Ele será julgado no dia 6 de junho.
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