Detenção de Strauss-Kahn freia sua ambição presidencial na França
A imprensa francesa escrita desta segunda-feira dedica todas as suas manchetes ao escândalo sexual que provoca um terremoto político na França. A imagem do diretor-gerente do FMI Dominique Strauss Khan saindo algemado de uma delegacia de polícia em Nova York também é amplamente divulgada pela tevês e sites na internet na França.
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O conservador Le Figaro escreve em título que o caso Dominique Strauss-Khan gerou uma tempestade nas presidenciais francesas. Em sete páginas dedicadas ao escândalo, o jornal comenta desde o choque na cúpula do Fundo Monetário Internacional que aplica um código de ética rigoroso aos seus funcionários, até as reações de prudência do Palácio do Eliseu e a estupefação que toma conta dos socialistas franceses.
O jornal conservador fala da decadência de um favorito às presidenciais francesas, apesar de DSK não ter revelado suas intenções políticas. Segundo o Le Figaro, talvez seja mais difícil para Strauss-Khann se livrar da justiça americana do que conduzir uma campanha eleitoral à presidência francesa.
DSK fora, estampa em manchete Libération, que fala de um caso infernal para o chefão do FMI. Para o jornal, o Partido Socialista francês, às vésperas de começar as primárias que irão designar o candidato do partido às presidenciais do ano que vem, deve rever sua estratégia. O PS já considera o até então favorito Dominique Strauss-Khan uma carta fora do baralho na corrida presidencial, aponta Libération. O jornal relata em detalhes o que aconteceu a partir da uma hora da tarde de sábado, pelo horário de Nova York, quando a camareira de 32 anos entrou na suíte onde estava hospedado o diretor do FMI.
O Les Echos diz que DSK está diante de um roteiro inimaginável. O diário econômico também considera muito difícil que as primárias do PS tenham na disputa Dominque Strauss-Khan que já foi substituído à frente do FMI pelo número 2 da instituição, John Lipsky. Les Echos afirma que o caso deve demorar vários meses e lembra que nos Estados Unidos os crimes dos quais é acusado DSK podem ser punidos com 8 a 25 anos de prisão.
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