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Macron condena "ato de guerra" da Rússia e promete retaliação à altura da agressão

Em um curto pronunciamento à nação, em rede nacional de rádio e TV, o presidente francês, Emmanuel Macron, denunciou nesta quinta-feira (24) o "ato de guerra da Rússia" contra a Ucrânia. O chefe de Estado assegurou a solidariedade da França aos ucranianos e condenou Vladimir Putin "por violar a paz e a estabilidade na Europa".

O presidente francês, Emmanuel Macron, fez um pronunciamento à nação soobre a ofensiva russa na Ucrânia e prometeu uma resposta "à altura da agressão" aos ucranianos e à estabilidade da Europa. 24 de fevereiro de 2022
O presidente francês, Emmanuel Macron, fez um pronunciamento à nação soobre a ofensiva russa na Ucrânia e prometeu uma resposta "à altura da agressão" aos ucranianos e à estabilidade da Europa. 24 de fevereiro de 2022 AFP - LUDOVIC MARIN
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"Ao escolher a guerra, o presidente Putin não só atacou a Ucrânia, como decidiu violar a paz e a estabilidade (alcançadas) há décadas na Europa", afirmou Macron em tom sóbrio. A França está na presidência rotativa da União Europeia, e o líder francês passou as últimas semanas tentando convencer o presidente russo a buscar uma saída diplomática no conflito com o governo de Kiev e o Ocidente.

Macron disse que a Rússia fez uma escolha deliberada contra os engajamentos que havia assumido até agora e que, com esta ofensiva à Ucrânia, Putin "viola as regras das Nações Unidas e do direito internacional".

Durante o encontro que manteve com Putin na última semana, Macron tentou convencer o russo a seguir na via diplomática aplicando os acordos de Minsk II, firmados em 2015 por Rússia, Ucrânia, França e Alemanha, com o objetivo de pôr fim aos confrontos no leste ucraniano. Entretanto, ao reconhecer a independência das repúblicas separatistas de Donestk e Lugansk, na segunda-feira (21), Putin declarou que esses acordos não tinham mais qualquer valor.

"Fizemos tudo para evitar esta crise, mas ela está aí e nós estamos prontos para responder sem a menor fraqueza e com determinação", acrescentou Macron. O francês prometeu represálias no plano militar e econômico, citando especificamente a questão energética. "As sanções serão à altura da agressão", enfatizou. 

Macron reiterou que a Paris está ao lado da Ucrânia, e saudou a coragem e a determinacão do seu presidente e da população.

"Consequências duradouras e profundas na Europa"

"A liberdade de vocês é a nossa liberdade", disse o chefe de Estado, prometendo responsabilidade para proteger a soberania e a segurança de franceses e europeus. Macron destacou que a invasão russa terá consequências duradouras e profundas na geopolítica do continente, que podem trazer "fantasmas do passado". Mas finalizou dizendo que o Ocidente não cederá nos seus princípios e tampouco na sua união. 

Com o apoio de soldados que havia transferido para a Belarus, a Rússia iniciou a guerra anunciada contra a Ucrânia na madrugada desta quinta-feira (24). Ataques aéreos visaram as principais cidades ucranianas, entre elas a capital Kiev. Tanques e tropas russas entraram no território ucraniano pela fronteira da vizinha Belarus, aliada de Moscou. 

O governo ucraniano anunciou a perda de 40 soldados e 12 civis nas primeiras horas da ofensiva russa. 

Os líderes da União Europeia realizarão uma cúpula de emergência na tarde desta quinta-feira, convocada antes do anúncio da operação militar russa e do início dos bombardeios. Os membros da UE já concordaram com uma rodada inicial de sanções contra a Rússia depois que Putin reconheceu na segunda-feira os territórios controlados por rebeldes no leste da Ucrânia como independentes.

Na reunião desta quinta-feira, presidida por Charles Michel, espera-se que os países europeus promovam um segundo pacote maior de sanções.

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