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Lideranças socialistas lançam campanha para combater extrema direita e 'salvar democracia na Europa'

A elite do socialismo europeu se reuniu em Roma neste sábado (2) para lançar sua campanha para as eleições europeias de 9 de junho, sob o tema "uma Europa democrática, unida e sustentável". O luxemburguês Nicolas Schmit, atual Comissário da UE para Emprego e Direitos Sociais, foi oficialmente indicado como candidato socialista para a Comissão, naquelas que são consideradas "as eleições mais importantes" em décadas "para salvar a democracia na Europa".

O chanceler alemão Olaf Scholz aperta a mão de Nicolas Schmit, ao lado da secretária do Partido Democrata, Elly Schlein, depois que Nicolas Schmit foi eleito candidato conjunto do Partido dos Socialistas Europeus (PES) para as eleições do Parlamento Europeu em junho de 2024, no dia do congresso eleitoral do PES em Roma, em 2 de março de 2024.
O chanceler alemão Olaf Scholz aperta a mão de Nicolas Schmit, ao lado da secretária do Partido Democrata, Elly Schlein, depois que Nicolas Schmit foi eleito candidato conjunto do Partido dos Socialistas Europeus (PES) para as eleições do Parlamento Europeu em junho de 2024, no dia do congresso eleitoral do PES em Roma, em 2 de março de 2024. © Remo Casilli / Reuters
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Membros do Parlamento Europeu, parlamentares, líderes partidários, comissários europeus e chefes de governo socialistas descreveram as eleições como "as mais importantes" em décadas, mais de dois anos após a invasão da Ucrânia pela Rússia e diante da perspectiva de uma onda "conservadora" nas urnas.

Nicolas Schmit, 70 anos, de Luxemburgo, foi indicado como candidato do Partido dos Socialistas Europeus (PES) para a Comissão Europeia. Ele enfrentará Ursula von der Leyen, membro do Partido Popular Europeu (PPE), que é considerada favorita nas eleições de junho, e cuja candidatura pelos conservadores deverá ser confirmada no congresso de seu partido em Bucareste, nos dias 6 e 7 de março.

Nicolas Schmit, que foi aplaudido de pé pelos presentes, falou sobre a coragem dos ucranianos que estão lutando "pela liberdade na Europa" e prometeu o apoio inabalável dos socialistas europeus "contra o regime tirânico do [presidente russo Vladimir] Putin", segundo a correspondente da RFI em Roma, Anne Le Nir.

Ele lamentou a trágica situação em Gaza, reiterando que Israel tem o direito de se defender contra o Hamas, mas que as leis internacionais devem ser respeitadas. Em seguida, ele delineou o conteúdo do "Manifesto Eleitoral" adotado em Roma. Ele abrangeu desde a proteção dos direitos trabalhistas até o Pacto Verde Europeu - "que não deve ser suspenso, considerando os efeitos acelerados das mudanças climáticas" - até uma defesa europeia comum e a luta contra o nacionalismo defendido pela extrema direita, que ele descreveu como "um veneno para a democracia".

Descontentamento dos agricultores estaria beneficiando a extrema direita?

O Partido dos Socialistas Europeus (PSE) é o segundo maior grupo no Parlamento Europeu, atrás do Partido Popular Europeu (PPE). Faltando três meses para as eleições europeias de 9 de junho, os dois principais grupos do Parlamento Europeu estão se organizando para enfrentar a extrema direita, que pode ganhar cadeiras, principalmente aproveitando o descontentamento dos agricultores europeus.

O líder do Partido Socialista francês, Olivier Faure, disse temer que "a extrema direita esteja gradualmente conquistando o eleitorado agrícola com base no fato de que agora há uma contradição entre a questão ecológica e a questão agrícola". 

"O que devemos lembrar constantemente às pessoas é que o inimigo da agricultura não é a ecologia, mas o liberalismo", disse ele, conclamando os socialistas europeus a "oferecer uma esperança alternativa àquela que a extrema direita parece estar oferecendo hoje".

A líder do Partido Democrático italiano, Elly Schlein, concluiu o congresso com estas palavras: "Devemos ser os maiores inimigos do medo do futuro e os maiores defensores de uma política mais próxima dos vulneráveis".

Ela acrescentou: "Devemos restaurar as missões de resgate no mar [para os migrantes], porque a Europa não foi construída para morrer, mas para dar uma nova esperança", concluiu. 

(Com RFI e AFP)

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