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Ocidente exige que Moscou esclareça morte de Navalny; ministros do G7 prestam homenagem

Neste sábado (17), o Ocidente pressionou a Rússia a esclarecer a morte de Alexei Navalny, de 47 anos, o principal opositor do Kremlin, que, segundo autoridades russas, ocorreu na sexta-feira (16) em uma prisão no Ártico, em circunstâncias ainda não esclarecidas. Os ministros das Relações Exteriores do G7, reunidos na Conferência de Segurança de Munique, fizeram um minuto de silêncio em homenagem a ele.

Reunião em frente a um memorial improvisado para o falecido líder da oposição russa Alexeï Navalny, organizado no monumento às vítimas da repressão política em São Petersburgo, em 16 de fevereiro de 2024, após a morte de Navalny em sua prisão no Ártico.
Reunião em frente a um memorial improvisado para o falecido líder da oposição russa Alexeï Navalny, organizado no monumento às vítimas da repressão política em São Petersburgo, em 16 de fevereiro de 2024, após a morte de Navalny em sua prisão no Ártico. AFP - OLGA MALTSEVA
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O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, cujo país ocupa a presidência do G7 este ano, abriu a reunião dos ministros pedindo a seus colegas que fizessem "um minuto de silêncio em homenagem a Alexei Navalny", disse o Ministério em um comunicado.

"Por suas ideias e sua luta pela liberdade e contra a corrupção na Rússia, Navalny foi, de fato, levado à morte", disse Tajani.

"A Rússia deve esclarecer sua morte e interromper sua inaceitável repressão à dissidência política", acrescentou.

A morte do dissidente ocorre um mês antes da eleição presidencial russa, que acontece de 15 a 17 de março, em que Vladimir Putin deve ser reeleito. Não há oposição, que foi dizimada pela repressão, especialmente desde o início do ataque da Rússia à Ucrânia, há dois anos.

A morte de Navalny, após três anos de detenção e um incidente de envenenamento do qual o Kremlin foi acusado, priva a oposição russa do homem que, apesar de preso, ainda era sua figura de destaque.

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Reações internacionais

O governo britânico convocou diplomatas à embaixada russa para informar que Moscou seria considerada "totalmente responsável" pela morte de Navalny e pede uma "investigação completa e transparente", seguindo o exemplo do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que exigiu um inquérito "confiável".

Na França, o presidente Emmanuel Macron disse que morte de Alexei Navalny mostra "a fraqueza do Kremlin e o medo de qualquer oponente", ao lado do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que veio a Paris, na sexta-feira, para assinar de um acordo bilateral de segurança com o governo francês, em apoio à Ucrânia contra a ofensiva russa em seu território.

Leia também'Ele foi até o fim de todas as ameaças', diz advogado francês de Navalny e do cacique Raoni

Zelensky faz giro por apoio

Ainda neste sábado, o exército ucraniano foi forçado a abandonar a cidade de Avdiivka, no leste do país, dando à Rússia sua maior vitória simbólica desde o fracasso da contraofensiva lançada por Kiev em meados do ano passado.

Após assinar acordos bilaterais de segurança com Berlim e Paris, o presidente ucraniano deve se encontrar com a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, em Munique. Ele está presente na 60ª Conferência de Segurança, onde lamentou, no sábado, a atual falta de armas de longo alcance e munição disponíveis para seu exército, que ele acredita estar ajudando as tropas russas a avançar na ofensiva contra seu país.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy faz um discurso na Conferência de Segurança de Munique no Bayerischer Hof Hotel em Munique, Alemanha, no sábado, 17 de fevereiro de 2024.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy faz um discurso na Conferência de Segurança de Munique no Bayerischer Hof Hotel em Munique, Alemanha, no sábado, 17 de fevereiro de 2024. AP - Matthias Schrader

(Com informações da AFP)

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