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População vai à ruas em Portugal pedir ação do governo contra crise da moradia

A menos de dois meses das eleições legislativas antecipadas, previstas para 10 de março, milhares de pessoas foram às ruas neste sábado (27), em cerca de 20 cidades de Portugal, para denunciar a crise da moradia e exigir soluções.

Manifestação em outubro em Portugal contra crise da moradia: alta das taxas de juros prejudicou mercado
Manifestação em outubro em Portugal contra crise da moradia: alta das taxas de juros prejudicou mercado AP - Armando Franca
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"É importante que nossos governos entendam que a política habitacional precisa mudar drasticamente", disse Rita Branco, uma enfermeira de 27 anos que até agora não conseguiu encontrar um lugar para morar e sair da casa dos pais.

Várias associações convocaram um terceiro dia de mobilização, em menos de um ano, para defender o direito à moradia para todos.

Portugal se prepara para organizar eleições legislativas antecipadas após a demissão do primeiro-ministro socialista, António Costa, acusado de tráfico de influência.

No ano passado, o governo de Costa adotou medidas para frear a especulação imobiliária. Uma delas prevê o fim do vistos gold, que são autorizações de residência concedidas a investidores estrangeiros ricos.

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Situação piorou nos últimos meses

O plano do governo Costa incluía ainda propostas para favorecer o mercado de aluguéis de imóveis e a construção de novas habitações sociais, mas parece não ter surtido o efeito esperado pela população. "As medidas do governo não vão resolver nada", disse Rita Silva, líder de um grupo que milita pelo direito à habitação.

"Precisamos de moradias que atualmente são usadas como ativos financeiros migrem para o mercado residencial", disse ela. Apesar destas medidas, a situação agravou-se ainda mais nos últimos meses, obrigando muitas famílias a abandonar os centros das cidades - um fenômeno comum a outras capitais europeias, como Paris.

A alta das taxas de juro decidida pelo Banco Central Europeu (BCE) está afetando um grande número de proprietários de imóveis com empréstimos a taxa variável, enquanto os preços das casas continuaram a subir 11,8% ao ano em 2023, segundo o índice de preços residenciais Confidencial Imobiliário.

Com informações da AFP

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