Série de explosões atinge Ucrânia a seis semanas da Eurocopa
Quatro bombas dissimuladas em latas de lixo explodiram hoje na cidade ucraniana de Dnipropetrovsk, na região centro-leste do país, provocando ferimentos em 27 pessoas. O presidente Viktor Ianoukovitch disse que esses ataques são um desafio para seu governo a seis semanas da abertura da Eurocopa, o torneio de futebol co-organizado este ano com a Polônia.
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O presidente ucraniano declarou desconhecer o motivo das explosões, limitando-se a dizer que os melhores investigadores do país serão mobilizados para esclarecer os incidentes. O procurador de Dnipropetrovsk abriu uma investigação por "terrorismo".
A primeira bomba, que deixou 13 feridos, foi colocada numa lixeira próxima de um ponto de transporte público no cento da cidade. A segunda explosão, meia-hora mais tarde, feriu 11 pessoas, sendo nove crianças, e aconteceu perto de um cinema. A terceira deflagração, próxima a um parque, deixou três feridos. A quarta explosão deixou outras vítimas.
Comissão Europeia pede que UEFA intervenha em favor de Timochenko
Apoiado por Moscou, Viktor Ianoukovitch enfrenta uma crise com os vizinhos europeus. O presidente ucraniano tem sido críticado pela maneira como trata a ex-primeira-ministra Yulia Timochenko. A líder de oposição iniciou uma greve de fome na semana passada, por se considerar vítima de uma vingança pessoal do presidente.
Condenada a sete anos de prisão "por abuso de poder" e presa desde agosto do ano passado, Timochenko foi transferida para um hospital à força na semana passada, para tratar de uma hérnia de disco. Seu advogado afirma, no entanto, que ela foi maltratada. "Ela está com os braços cheios de hematomas e também tem uma grande marca de agressão na barriga, que ainda é muito evidente apesar de terem se passado quatro dias" desde sua mudança, disse o advogado.
Nesta sexta-feira, a comissária europeia de Justiça e Direitos Humanos, Viviane Reding, fez um apelo à UEFA para levar em conta a "situação dramática" da ex-primeira-ministra. A comissária recebeu um convite de Michel Platini, presidente da UEFA, para participar da cerimônia de abertura da Eurocopa, mas rejeitou o convite. "Não é possível fechar os olhos aos direitos humanos, mesmo diante de um grande acontecimento esportivo", escreveu Reding em sua resposta a Platini.
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