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Crise/euro

França e Alemanha publicam carta em defesa do euro

Diante dos temores de contágio da crise grega na zona do Europa, principalmente na direção da Espanha e Portugal, Angela Merkel e Nicolas Sarkozy divulgaram nesta quinta-feira uma carta conjunta em defesa do euro. A chanceler alemã e o presidente francês começam o documento dizendo estarem de acordo em preservar a unidade do euro, ou seja, excluindo a ideia de expulsar um estado membro da união monetária. 

A chanceler alemã, Angela Merkel (à dir.) e o presidente francês Nicolas Sarkozy assinaram carta conjunta em defesa do euro.
A chanceler alemã, Angela Merkel (à dir.) e o presidente francês Nicolas Sarkozy assinaram carta conjunta em defesa do euro. Reuters
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Para os dois líderes a moeda única é um assunto comum e está fora de questão deixar desamparado um país da zona.

O jornal Le Monde lembra que no fundo as opiniões de Berlim e Paris batiam de frente.

Enquanto Sarkozy queria uma intervenção rápida e forte, para deter a ação de especuladores, Berlim, atenta à opinião pública em casa, queria punir os gregos.

O manifesto franco-germânico é divulgado na véspera de um encontro fundamental, nesta sexta-feira, dos dirigentes da zona do Euro para discutir como reforçar a administração econômica na zona do euro.

Já em Lisboa, o presidente do Banco Central Europeu, Jean Claude Trichet, declarou em entrevista coletiva, que o reaquecimento economico da zona do euro vai ser moderado em 2010 e que as incertezas continuam elevadas.

Mas ele insistiu que a crise grega não tem nada a ver com a situação economica em Portugal ou na Espanha.

Os governadores do BCE se encontram duas vezes por ano fora da sede de Frankfurt, na Alemanha, e uma delas aconteceu nesta quinta feira em Lisboa.

Apesar das afirmações de autoridades europeias para tentar acalmar o mercado, a cotação do euro continua baixando, e chegou a atingir hoje menos de 1 dólar e 27 cents, a mais baixa desde março de 2009.

Para analistas, a baixa do euro é um sinal político ruim, mas pode ser uma boa notícia para os exportadores europeus, pois tornam seus preços mais competitivos no mercado mundial.

Grécia

Na Grécia, os dois principais sindicatos gregos propõem que a população faça hoje a noite um apagão de dez minutos antes das 21H, horário local, como protesto simbólico contra a morte de três pessoas durante manifestações de ontem.

Os dois sindicatos convocam tambem os trabalhadores a um protesto pacífico durante a noite contra as medidas de austeridade financeira anunciadas pelo governo para conter a desastrosa crise econômica do país.

O parlamento grego vai se pronunciar a respeito do pacote do primeiro-ministro Georges Papandreou, acordo que abre caminho para o empréstimo de 110 bilhões de euros nos próximos três anos, do Fundo Monetário Internacional e União Europeia.

 

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