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"Uma mulher livre": Jane Birkin ganhou o coração dos franceses encarnando ruptura com anos 1960

A imprensa francesa desta segunda-feira (17) presta homenagem à atriz e cantora Jane Birkin, que morreu no domingo, em Paris, aos 76 anos. Reportagens especiais e editoriais não poupam elogios a esse ícone da cultura pop.

Imprensa francesa destaca a carreira e influência da artista, considerada a "inglesa querida dos franceses"
Imprensa francesa destaca a carreira e influência da artista, considerada a "inglesa querida dos franceses" Nathaniel Goldberg
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"Sem Jane" é a manchete do jornal Libération, que estampa sua capa com uma foto de página inteira da artista "inglesa querida dos franceses". O diário dedica sete páginas à Jane Birkin, relembrando sua carreira no cinema, na música, na moda e sua conturbada relação com Serge Gainsbourg, com quem foi casada durante dez anos.

Em um editorial emocionado, Libé homenageia a grande personalidade da cultura e das artes. Para o diário, Jane foi "uma mulher livre", que encarnou a ruptura da França com os anos 1960 e junto à sua carreira artística manteve até os dias atuais seus engajamentos humanitários e políticos. "A França amou Jane Birkin por todas essas razões", diz o texto.

A artista também estampa a capa do jornal Le Parisien com uma foto de página inteira, com a manchete "Nossas lágrimas não poderão mudar nada", em referência a um verso na letra de um dos sucessos da cantora, "Je suis venu te dire que je m'en vais". O diário descreve a comoção que a morte de Jane Birkin causou na França, homenageada em grandes festivais de música que ocorrem neste momento, como o Francofolies e o Vieilles Charrues, onde a artista se apresentou em várias ocasiões. 

Musa de Gainsbourg

Jane, "a mais inglesa das cantoras francesas", ganha chamada de capa no jornal Le Figaro. O diário decripta sua midiática relação com Gainsbourg, "o casal mais emblemático de Paris nos anos 1970", afirma. Frequentemente descrita como "a musa" do cantor, Jane também protagonizou uma forte influência na vida e carreira de Gainsbourg, diz a matéria. 

Juntos, os dois lançam um dos maiores hits da época, "Je t'aime moi non plus", um sucesso e um escândalo mundial. Sua difusão chegou a ser proibida na Itália, a pedidos do Vaticano, que a considerou "obscena", relembra Le Figaro.

Ao lado desse ícone da chanson française, Jane se impôs na música e brilhou também no cinema por meio das lentes do italiano Michelangelo Antonioni e dos franceses Jean-Luc Godard, Alain Resnais, Agnès Varda, entre outros. Sempre elegante e sorridente, Jane nunca teve medo dos paradoxos e sua tocante espontaneidade lhe valeu "um lugar especial no coração dos franceses", publica o jornal La Croix

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