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Morre Jean-Jacques Beineix, aos 75 anos, diretor de "Betty Blue"

Nascido em Paris em 1946, Jean-Jacques Beineix morreu nesta sexta-feira (14), em consequência de uma longa doença, informou a família. Seu filme que mais teve sucesso no Brasil foi “Betty Blue 37º, 2 de Manhã”, de 1986.

Jean-Jacques Beineix.
Jean-Jacques Beineix. © Divulgação
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Beineix chegou a estudar medicina antes de mergulhar no mundo do cinema. Nos anos 1970 tornou-se conhecido como diretor-assistente, tendo colaborado com grandes nomes como Claude Berri e René Clement.

Fã do cômico americano Jerry Lewis, foi assistente de direção em “The Day the Clown Cried”, de 1972. Mas o objetivo de Beineix era dirigir. Ele começou com um curta, “O cão do sr. Michel”, de 1977, premiado no Festival de Trouville e candidato ao César (prêmio do cinema francês) de melhor curta de ficção.

O primeiro longa foi em 1981, “A Diva e os Gângsters”, um thriller que a principio não foi bem recebido pela crítica francesa, mas que teve boas reações em festivais internacionais, até conquistar o mercado e o público francês, ganhando quatro prêmios César.

“A Lua na Valeta”, de 1983, teve estreia no Festival de Cannes. O filme foi recebido com vaias e críticas destruidoras, que classificaram o longa como pretensioso. A fita recebeu apenas um César, de design de set.

Sucesso internacional

Mas Beineix conseguiu dar a volta com “Betty Blue 37º,2 de Manhã”, em 1986. O filme conta uma história de amor de extremos e o sucesso foi internacional, ganhando o prêmio principal no Festival de Montréal, além de representar a França no Oscar e no Globo de Ouro. Apesar de ser indicado para nove categorias no César, levou apenas o de melhor cartaz.

“Betty Blue” lançou dois jovens para o estrelato: Jean-Hugues Anglade e Béatrice Dalle.

Depois vieram outros longas e alguns documentários. “IP5: L’île des Pachydermes”, de 1992, foi o último filme de Yves Montand, que morreu antes do final das filmagens. Na vida como no filme, o ator morre de uma parada cardíaca.

Beineix também escreveu uma autobiografia, quadrinhos e trabalhou com teatro. Seu último trabalho foi o romance “Le Toboggan”, publicado em 2020.

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