Diva do cinema francês, atriz Danielle Darrieux morre aos 100 anos
A atriz francesa Danielle Darrieux, uma das mais respeitadas da história teatral e cinematográfica do país, faleceu na terça-feira (17) aos 100 anos. Ela participou de mais de uma centena de filmes, com frequência interpretando personagens elegantes.
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O estado de saúde dela "havia deteriorado um pouco recentemente, após uma queda", afirmou à AFP seu companheiro, Jacques Jenvrin. A atriz morreu em casa, no noroeste da França.
Arquétipo da beleza de sua geração, loira e delicada, Darrieux teve um início de carreira precoce e, com apenas 14 anos, participou de "Semente do Mal", do diretor Billy Wilder. Ela trabalhou em Hollywood e na Broadway nos anos 1930 e foi aclamada pelo filme romântico "A Sensação de Paris", de 1938.
Acusada de colaborar com o nazismo
Durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhou durante a ocupação nazista da França, inclusive para o estúdio Continental, dirigido pelos alemães, o que a levou a ser chamada de colaboracionista.
Apesar disso, após a libertação do país pelos aliados, Darrieux continuou emplacando sucessos, especialmente sob a direção do cineasta francês Max Ophüls, em filmes como "O Prazer" e "Conflitos de Amor". Ela também participou de "Cinco Dedos", de Joseph Mankiewicz, e interpretou a rainha da Espanha em "Entre o Amor e o Trono", de Jean Cocteau. Integrou, ainda, o elenco de "Duas Garotas Românticas", de Jacques Demy.
Mais recentemente, a atriz apareceu em "8 Mulheres", de François Ozon, e em 2007 emprestou sua voz para a animação "Persepolis", indicada ao Oscar.
Darrieux se casou três vezes, com o cineasta Henri Decoin, o milionário Porfirio Rubirosa e o roteirista Georges Mitsinkidès, que faleceu nos anos 1990. Com este último, adotou um filho, que morreu pouco depois do marido.
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