Quanto mais o tempo passa, mais se confirma que as interpretações da obra de Pablo Picasso são inesgotáveis. A prova é esta última exposição que está sendo realizada no Palazzo Strozzi em Florença (Firenze) na Itália, "Picasso e a Modernidade Espanhola".

A mostra confronta 90 obras do grande nome da pintura moderna do século XX com um leque de outros mestres espanhóis como Joan Miró, Salvador Dali, Julio González, Maria Blanchard, Juan Gris...Como Picasso influenciou estes artistas em suas obras excepcionais?Admirando os trabalhos do mestre expostos ao lado de telas e esculturas de seus conterrâneos, tentamos decifrar as relações e similaridades entre os artistas.

São esculturas, pinturas, desenhos, gravuras e vídeos a se descobrir, rever e admirar, entre eles, o "Retrato de Dora Maar", "Cabeça de Cavalo" e os esboços de uma de suas obras maiores, "Guernica", que pertence ao acervo do Museu Nacional Centro de Arte Rainha Sofia.

O curador Eugenio Carmona, fala da faceta transformadora de Picasso: "Por muito tempo, a única preocupação de Picasso era transformar a arte. Mas depois, cada vez mais ele encontrou sua relação com a Espanha verdadeira, e essa relação se tornou cada vez maior... O governo da República até nomeou Picasso diretor do Museu do Prado porque viu em Picasso o símbolo de que era possível transformar o mundo, criar algo de novo e, ao mesmo tempo, lidar com a memória, a essência do que continha a história e a cultura da qual ele vinha. E esta síntese de Picasso era uma síntese muito particular, e todos os espanhóis viam nele a seguinte mensagem: arte nova para uma Espanha nova".

"Picasso e a Modernidade Espanhola", um encontro entre mestres espanhóis, fica em cartaz até 25 de janeiro de 2015.

Sólidos Frágeis, o paradoxo em beleza

No Luxemburgo, o centro das atenções dos amantes das artes é  uma exposição que nos propõe paradoxos, ambiguidades, contrastes e oposições. A começar pelo nome "Sólidos Frágeis".

Organizada pelo Mudam - Museu de Arte Moderna de Luxemburgo - , desenhado pelo arquiteto pelo sino-americano Ieoh Ming Pei - a proposta é um passeio entre espaços criativos e criações no espaço, em duas imensas galerias do primeiro andar.

Nestas extensas superfícies, as obras entram em diálogo com a atmosfera, sempre conectadas com a luz, um elemento essencial que não pode ser dissociado do visual.

São diversos artistas de gerações diferentes que instalaram seus trabalhos no Mudam - e essa diversidade possibilita uma bela viagem sensorial, intrigante, repousante, perturbadora, confidente... Enquanto o espaço revela a obra, a recíproca é verdadeira, e a obra oferece todas as possibilidades de exploração do espaço.

Entre os artistas, destaco o islandês Hreinn Fridfinnsson, Zilvinas Kampinas, da Lituânia, o britânico Anthony McCall, o franco-argelino Laurent Pariente.

"Sólidos Frágeis" abriu em 4 de outubro e vai até 8 de fevereiro de 2015.

Pitchfork, o melhor da música independente

Neste fim de semana, Paris recebe o must da música independente em um dos festivais mais incríveis da Europa, o Pitchforch Festival Music.

De 30 de outubro a 1° de novembro, em La Villette, dezenas de bandas e artistas de diversos países sobem ao palco, entre eles, The Knife, Disclosure, Panda Bear, Sky Ferreira, Hot Chip, Danny Brown, Chvurches, Son Lux e muitos, muitos outros.

Ouça a banda inglesa "Jungle", que também vem ao Pitchforch Festival, cantando Easy Burnin':