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Festival de Cinema de Cannes

Na última hora, Godard anula participação no festival de Cannes

A ausência no Festival de Cinema de Cannes do célebre e polêmico diretor Jean-Luc Godard, um dos principais nomes da "Nouvelle Vague"  francesa, aumentou ainda mais o interesse por seu filme "Film Socialisme",  projetado nesta segunda-feira.

O diretor de cinema francês, Jean-Luc Godard.
O diretor de cinema francês, Jean-Luc Godard. Vega Films SA
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Ninguém sabe ao certo porque Godard decidiu, na última hora, anular a participação no festival. Ele deveria conceder uma entrevista coletiva nesta segunda-feira, mas pouco antes enviou um fax aos organizadores do evento, afirmando que não estaria presente.

Fiel a seu estilo provocador, polêmico e imprevisível, Gordard escreveu que "pelo festival, iria até a morte, mas que não daria nenhum passo a mais" e alegou "problemas do tipo grego" para não viajar a Cannes.

A ausência de Godard não esvaziou a projeção de "Film Socialisme", exibido na mostra " Un Certain Regard". O longa é fiel a cinematografia do fundador da Nouvelle Vague. Com uma edição primorosa, misturando ficção, imagens de arquivo e texto, Godard compõe uma sinfonia em três movimentos.

Partindo de um cruzeiro pelo mediterrâneo, onde se cruzam personagens como a cantora Patti Smith ou o filósofo Bernard Maris, ele aborda seus temas de predileção, entre eles a Palestina, o holocausto e Hitler, Stalin e o socialismo.

Gordard revisita também cidades emblemáticas da história ocidental para falar da Europa e termina sua odisseia num posto de gasolina no sul da França. Os filhos dos proprietários, que resolveram abolir o verbo "ser" de seu vocabulário, são candidatos a eleições regionais e exigem explicações sobre a liberdade, igualdade e fraternidade.

Nesta terça-feira em Cannes, dois novos filmes entram na competição. "Copie Conforme", do iraniano Abbas Kiarostami, é uma historia de amor, com Juliette Binoche no papel principal, filmada na Itália. Já "Des Hommes et des Dieux", de Xavier Beauvois, o terceiro longa francês a concorrer à Palma de Ouro, relembra o massacre dos monges franceses na Argélia por radicais islâmicos nos anos 90.

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Adriana Brandão, jornalista da RFI

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