Justiça da Itália confirma condenação de Robinho a nove anos de prisão por violência sexual
A Corte de Apelação de Milão confirmou nesta quinta-feira (10) a condenação do atacante brasileiro Robinho, atualmente sem clube, a nove anos de prisão por violência sexual em grupo. A sentença mantida na segunda instância é a mesma que havia sido aplicada em novembro de 2017, segundo a agência de notícias italiana Ansa. Agora, só resta a Robinho recorrer à Corte de Cassação, equivalente ao Supremo Tribunal de Justiça no Brasil, se quiser evitar a condenação definitiva.
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O tribunal também manteve a pena de nove anos de prisão para Ricardo Falco, amigo de Robinho. Os dois também foram condenados a pagar à vítima 60.000 euros (mais de R$ 360 mil).
O caso aconteceu em janeiro de 2013, quando Robinho defendia o Milan. De acordo com a sentença da primeira instância, o jogador brasileiro, Ricardo e outros quatro amigos abusaram sexualmente de uma jovem albanesa de 22 anos em uma casa noturna. A jovem estaria bêbada "ao ponto de ficar inconsciente" e teve relações sexuais quando não era capaz de resistir.
O caso voltou à imprensa em outubro, após o jogador ser apresentado pela equipe do Santos. Criticado por sua condenação na Itália, Robinho voltou a negar participação nos atos à época.
No mesmo mês, uma reportagem do GloboEsporte.com trouxe o conteúdo das investigações italianas que dispunham de escutas em que o atacante fala sobre a noite do crime e confirma que sabia que a albanesa estava bêbada.
De acordo com a reportagem, quando alertado por um amigo sobre a investigação, Robinho responde: "Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu".
Após a publicação dos áudios, o Santos FC voltou atrás e desistiu da contratação do atacante.
No recurso à segunda instância, o jogador afirmava que o sexo com a garota fora consensual e reclamava de erros na tradução das conversas entre os brasileiros. O juiz da corte de Milão, no entanto, não aceitou a argumentação.
As defesas de Robinho e de Ricardo Falco podem ainda entrar com um recurso à terceira instância, a Corte de Cassação do país.
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