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Brasil/Estados Unidos

Em encontro com Temer e líderes latinos, Trump descarta intervenção na Venezuela

Não há qualquer risco de intervenção externa na Venezuela. É o que garantiu o presidente Michel Temer depois de jantar nesta segunda-feira (18) com Donald Trump, a convite do presidente americano.

Jantar de trabalho oferecido pelo presidente dos Estados Unidos da América, senhor Donald Trump. Nova York – Estados Unidos, 18/09/2017
Jantar de trabalho oferecido pelo presidente dos Estados Unidos da América, senhor Donald Trump. Nova York – Estados Unidos, 18/09/2017 Beto Barata/PR
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Eduardo Graça, correspondente da RFI em Nova York

O encontro, realizado em um luxuoso hotel em Midtown Manhattan, também teve a participação do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, do Panamá, Juan Carlos Varela, e da vice-presidente argentina, Gabriela Michetti.

Este foi o primeiro e mais importante evento oficial da agenda de Temer, que chegou a Nova York no fim da tarde desta segunda-feira (18). Ele fica na cidade até quarta-feira (20), por conta da Assembleia-Geral da ONU, que é aberta todos os anos, tradicionalmente, pelo representante brasileiro.

Pressão diplomática

No jantar, de acordo com Temer, os líderes latino-americanos concordaram com Washington de que é necessária uma maior pressão diplomática para mudanças rápidas no que Trump chama de “terrível ditadura” de Nicolás Maduro.

"Houve coincidência sobre dois ângulos: um ângulo humanitário com o povo venezuelano e, de outro lado, a questão política, que cabe ao povo venezuelano. Mas, evidentemente, na opinião de todos os participantes da reunião, é de que logo haja uma solução democrática na Venezuela”, declarou o presidente brasileiro.

"Houve coincidência absoluta. As pessoas querem que lá se estabeleça a democracia, não querem uma intervenção externa, naturalmente, mas querem manifestações que se ampliem dos países que aqui estão para os países da América Latina, para os países caribenhos, de maneira a pressionar a solução  democrática na Venezuela", acrescentou.

Trump, segundo Temer, falou em possíveis sanções, mas sem maiores especificações. "Falou-se de sanções, mas de sanções verbais, são palavras democráticas, diplomáticas", disse.

Claramente, Washington preferiu discutir Caracas a questões comerciais bilaterais com o Brasil no jantar.

Discurso na ONU

O discurso desta terça-feira de Temer na abertura da Assembleia das Nações Unidas deve enfatizar as reformas estruturais apoiadas pelo mercado, tentar amainar as críticas à desastrada política ambiental de Brasília e combater a percepção internacional de que seu governo é marcado pela corrupção.

Na noite de segunda-feira (18), um pequeno grupo de manifestantes marcou presença no lado de fora do hotel em que Temer se encontrou com Trump aos gritos de “Fora, Temer!”.

A agenda de Temer em Nova York segue hoje e amanhã, com uma série de reuniões bilaterais com países do Oriente Médio, entre eles Israel, Egito e Irã, e uma reunião com investidores internacionais.

02:14

Michel Temer, presidente do Brasil

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