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Chapeconense/voo

Avião da Chapecoense não respeitou plano de voo, afirma companhia

O avião da Lamia, que caiu na Colômbia e deixou 71 mortos, entre eles grande parte da delegação da Chapecoense, não respeitou o plano de se reabastecer de combustível em Bogotá, informou nesta quarta-feira (30) uma fonte da companhia.

Foto de arquivo de um Avro RJ85 operado por Lamia como o que transportava a equipe de futebol brasileira Chapecoense.
Foto de arquivo de um Avro RJ85 operado por Lamia como o que transportava a equipe de futebol brasileira Chapecoense. REUTERS/Matt Varley NO ARCHIVES
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"O avião deveria ter reabastecido em Bogotá", mas seguiu até Medellín, afirmou ao diário Página Siete Gustavo Vargas, representante da companhia aérea. A principal hipótese para o acidente é uma falta de combustível do avião fretado que transportava a delegação da Chapecoense e jornalistas desde a cidade boliviana de Santa Cruz, onde haviam chegado após voo comercial oriundo de São Paulo.

"O piloto é quem toma a decisão de não pousar, porque pensou que tinha combustível suficiente", insistiu Vargas. De acordo com o funcionário, "no plano de voo havia a opção da aeronave parar em Cobija (fronteira boliviana com o Brasil), mas logo se falou da opção de Bogotá para reabastecer".

Muitas perguntas a serem respondidas

Uma investigação está em andamento pelas autoridades colombianas, com a ajuda de técnico da Direção Geral de Aeronáutica Civil da Bolívia. "Temos que investigar o motivo do piloto ter decidido ir direto a Medellín", explicou Vargas.

A investigação se baseia a partir "de provas técnicas, documentais e de rigor" do avião acidentado, uma aeronave BA 146 que caiu na noite de segunda para terça-feira em uma remota zona a 3.300 metros de altura quando estava chegando ao destino, o aeroporto de Rionegro, nos arredores de Medellín. Alfredo Bocanegra, diretor da Aeronáutica Civil da Colômbia, declarou que "não se compreende como o piloto não se declarou em emergência se estava sem combustível".

O avião caiu com 77 pessoas a bordo: 68 passageiros e nove tripulantes, dos quais sobreviveram seis: três jogadores, uma comissária de bordo, um técnico de voo e um jornalista, todos internados em hospitais perto de Rionegro.

Homenagem em Medellín

A cidade de Medellín preparava na noite de quarta-feira uma homenagem às vítimas da tragédia no estádio Atanasio Girardot, às 18h45 locais, 21h45 de Brasília, mesmo horário que estava previsto começar a partida de ida da final contra o Atlético.

 

 

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