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Brasil/sociedade

Aplicativos de carona se popularizam no Brasil e driblam falta de segurança

Pegar carona está na moda na Europa e nos Estados Unidos desde 2010, e não é por menos. Trata-se de um bom negócio para todo mundo: o motorista economiza dividindo os custos do trajeto com o passageiro, e o caroneiro, por sua vez, gasta menos do que em uma passagem de ônibus ou avião.

A empresa Blablablacar é uma das mais populares do ramo no Brasil
A empresa Blablablacar é uma das mais populares do ramo no Brasil www.blablacar.es
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Tatiana Marotta, em colaboração para a RFI Brasil

No Brasil, essa alternativa de transporte ainda não conquistou a maioria, mas para que o serviço se popularize, os sites buscam soluções para melhorar a segurança dos caroneiros. Um exemplo é o site BlaBlaCar, que faz sucesso na França e em outros países, e chegou ao Brasil em novembro de 2015.

De acordo com Ricardo Leite, diretor da empresa, “todos os membros possuem um perfil com foto, biografia, dados de contato e avaliações de outros membros que permitem conhecer com antecedência a pessoa com quem você vai viajar”. Além disso, explica, uma equipe técnica avalia todas as informações preenchidas na plataforma e todas as mensagens trocadas entre os membros, para garantir que toda a atividade na BlaBlaCar ocorra de forma segura e saudável.

A brasileira Ana Fior conheceu o aplicativo graças à indicação de um amigo que já havia utilizado o site na Europa. Ela conta ter analisado com cuidado o perfil das pessoas antes de uma viagem de São Paulo para Curitiba. “Tive uma boa experiência. Fiz o contato e a pessoa que estava oferecendo a carona me respondeu rápido. Como estava hospedada próximo da casa deles, me pegaram na porta. Era um casal bem divertido. Os dois muito agradáveis”, conta.

De acordo com Ricardo Leite, a recepção no país tem sido muito boa. “Comemorando cerca de 100 dias de operação no país, “mais de 10 milhões de quilômetros foram percorridos usando a BlaBlaCar e colaboramos para uma economia de R$ 2,3 milhões em gasolina e pedágio”, explica, comentando que o objetivo principal é “ajudar os brasileiros a explorar o Brasil”.

Kadyjina Aniceto virou adepta do serviço na França, onde o utilizou mais de 50 vezes. Ela lembra que nunca teve problemas sérios com o serviço da empresa, mas “não acredita que o serviço funcionará tão bem quanto na França. As distâncias entre duas cidades no Brasil são bem maiores e muitas pessoas preferem utilizar aviões, mesmo sendo um serviço bem mais caro”.

Geolocalização dos usuários

Fabio Gama, diretor do site Karona.com.br, um dos primeiros do gênero no país, logo percebeu que a segurança era o principal obstáculo para o desenvolvimento do serviço. Ele então criou uma ferramenta para localizar os usuários, mas infelizmente, o projeto não foi levado adiante por falta de investimentos e o site fechou as portas. “Em 2008-2009 ainda não existia, como hoje, processos de GPS e uso democrático de smartphone”, conta. O que acabou naturalmente tornando o projeto inviável.

Ferramenta reúne grupos no Facebook

Em 2012 Netto Farah criou em uma noite só com o irmão o site www.caronafacil.com, que já reúne mais de 50 mil usuários no Brasil. A ideia é organizar grupos de caronas no Facebook. “Eram 10 horas ou 11 horas da noite, sentei com meu irmão e começamos a criar uma ferramenta que publicasse automaticamente um pedido de carona em todos grupos do Facebook”, conta.

Às 3 horas da madrugada, Netto testou a ferramenta, postou um pedido de carona, e foi dormir. “Quando acordei, dia seguinte, tinha mais de 2000 usuários cadastrados”, afirma. Para garantir a segurança dos usuários, a equipe do Carona Fácil utiliza a conexão via o próprio Facebook. “Usamos o perfil como um filtro social”, diz.

 

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