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FMI/Brasil

Relatório do FMI mantém previsão de crescimento do Brasil

O novo relatório do Fundo Monetário Internacional sobre as perspectivas econômicas mundiais reflete um pouco mais de otimismo em relação a recuperação da economia global, mas alerta para a maior ameaça atual: as incertezas geopolíticas que colocam em risco o preço de comodities, sobretudo do petróleo.

Olivier Blanchard, economista-chefe do FMI
Olivier Blanchard, economista-chefe do FMI Reuters
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Raquel Krähenbühl, correspondente da RFI em Washington

O economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, afirmou que "o medo se virou para os preços das comodities, que aumentaram mais do que o esperado, refletindo uma combinação de forte aumento de demanda com uma série de choques em reservas", o que pode prejudicar a recuperação.

Mesmo assim, a recuperação, ainda desigual entre o mundo desenvolvido e emergente, está mais sólida e as previsões econômicas para 2011 e 2012 são boas, principalmente por causa de uma melhora no sistema financeiro, de mais otimismo em muitos paises em desenvolvimento e do aumento da confiança em paises avançados.

A economia mundial deve expandir 4,4% em 2011 e 4,5% em 2012. O melhor cenário é nos paises em desenvolvimento e emergentes que devem crescer 6,5% neste ano. A China tem a maior perspectiva de expansão em 2011 - 9,6%.

A economia brasileira que cresceu 7,5% em no ano passado deve desacelerar e expandir a uma taxa de 4,5% em 2011 e de 4,1% em 2012.

A América Latina pode ter crescimento de 4,7% neste ano - 0,4 ponto percentual a mais do que foi indicado em Janeiro. Os países da Africa Subsaariana também devem ter expansão robusta de 5,5% em 2011 e os do norte da Africa e do Oriente Médio de 4,1%.

De acordo com o FMI, os maiores riscos para os emergentes e países em desenvolvimento são as pressões inflacionárias, a estimativa de inflação subiu de 6,0% para 6,9% puxada pela alta dos preços de alimentos e de energia. Outro risco é o de superaquecimento causado em parte pelo forte fluxo de capital e também o risco de bolhas de ativos parecidas com as que surgiram em países desenvolvidos e causaram a crise financeira de 2007.

Para os países avançados, as principais ameaças continuam sendo os déficits orçamentários e o alto índice de desemprego. Porém o risco de uma segunda recessão diminuiu, de acordo com o Fundo. As economias desenvolvidas devem crescer 2,4% neste ano. A projeção de crescimento dos Estados Unidos é de 2,8% em 2011 – o,2 ponto percentual a menos do que o FMI indicava em Janeiro. Os países da Zona do Euro devem ter crescimento de apenas 1,6% neste ano.

O Fundo insiste que, além dos novos desafios neste ano, muitos dos antigos problemas seguem sem progresso e por isto reforça que é necessário e urgente que haja mais avanços para uma reforma fiscal e financeira e mais equíibrio da demanda global.
 

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