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Turquia rejeita críticas "inaceitáveis" de Macron à sua influência no continente africano

A Turquia denunciou neste sábado (27) o que considerou como comentários "inaceitáveis" e "indesejáveis" do presidente francês Emmanuel Macron, que, no dia anterior, durante visita à Argélia, acusou as "redes" manipuladas por Ancara, Moscou e Pequim de espalhar propaganda antifrancesa no continente africano.

O presidente francês Emmanuel Macron pediu um "novo pacto" com a Argélia de "verdade e reconhecimento" do passado, encerrando sua visita de três dias neste sábado, 27 de agosto de 2022.
O presidente francês Emmanuel Macron pediu um "novo pacto" com a Argélia de "verdade e reconhecimento" do passado, encerrando sua visita de três dias neste sábado, 27 de agosto de 2022. © RTL
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Visitando a antiga colônia francesa, Macron alertou na sexta-feira (26) os jovens argelinos e africanos a "não serem enganados" pela "imensa manipulação" de "redes" lideradas "disfarçadas" por potências estrangeiras que apresentam a França como "o inimigo". Ele nomeou a Turquia, a Rússia e a China, atribuindo-lhes uma "agenda de influência, neocolonial e imperialista".

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores turco, Tanju Bilgic, denunciou os comentários "extremamente inoportunos" em uma declaração. "É inaceitável que o presidente francês Macron, que tem dificuldades em lidar com seu passado colonial na África, especialmente na Argélia, tente se libertar desse passado colonial acusando outros países, inclusive nosso país", acrescentou ele.

"Maturidade para enfrentar passado colonial"

"Esperamos que a França alcance o mais rápido possível a maturidade necessária para enfrentar seu passado colonial sem acusar outros países", continuou ele.

A visita de três dias do presidente francês à Argélia teve como objetivo virar a página sobre as tensões nas relações entre os dois países nos últimos meses.

A questão memorial da colonização francesa (1830-1962) e a sangrenta guerra de libertação haviam causado um sério desgaste entre os dois países em abril.

Esta visita também vem em um momento em que os países europeus estão tentando encontrar uma alternativa aos fornecimentos de hidrocarbonetos russos, em particular reforçando seu abastecimento a partir da Argélia, um grande produtor de gás, que em troca espera ver confirmado seu papel como potência regional.

(Com informações da AFP)

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