Portugal: 141 mil hectares viraram fumaça desde o início do ano
Os incêndios de florestas e arbustos em Portugal devastaram 141 mil hectares de vegetação desde o início do ano, três vezes mais do que a média durante a última década, de acordo com uma estimativa provisória citada nesta quarta-feira (16) pela proteção civil.
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O país experimenta este ano o clima mais severo desde 2005 em termos de seca, calor e intensidade do vento, disse o comandante da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Rui Esteves, com base em dados do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e do Instituto Português de Meteorologia (IPMA).
Entre o início de janeiro e meados de agosto, os bombeiros tiveram que superar um pouco mais de 10 mil incêndios ou começos de fogo, contra 7.500 no mesmo período do ano passado. Por sua parte, a polícia disse ter detido 61 suspeitos de causar incêndios desde o início do ano.
Em 2003, a área queimada atingiu um recorde de quase 426 mil hectares. Mas este ano de 2017 é marcado pelo fogo mais mortífero na história de Portugal, que fez 64 mortos e mais de 250 feridos em meados de junho próximo a Pedrógão Grande, no centro do país.
Depois disso, Portugal já foi atingido por uma nova série de incêndios florestais. A mais recente deixou 76 feridos, seis em estado grave, na semana passada.
Nesta quarta-feira (16), três grandes incêndios assolaram o centro do país, envolvendo mais de mil bombeiros, 300 veículos e cerca de duas dezenas de aviões ou helicópteros.
Devido à previsão metereológica que indica um novo aumento da temperatura, os serviços de emergência decidiram prorrogar o nível de alerta laranja, quarto nível de gravidade numa escala de cinco, pelo menos até sexta-feira (18) à noite.
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