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Arthur Nogueira volta à Europa com livro de poesias e álbum que celebram a diversidade brasileira

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Cinco anos após seu último trabalho, Rei Ninguém, o cantor e compositor paraense Arthur Nogueira lança Brasileiro Profundo, uma obra autoral marcada por muita poesia. O artista, que fez shows em Paris em 2019, dessa vez veio a Europa para apresentar também seu livro de poesias.

O cantor e compositor Arthur Nogueira.
O cantor e compositor Arthur Nogueira. © Divulgação
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Todas as músicas do álbum têm a participação do artista. “Umas eu fiz sozinho, totalmente, letra e melodia. E em algumas eu tenho parceiros”, diz. A canção Brasileiro Profundo, que é a faixa título, é uma parceria de Nogueira com o poeta, escritor e membro da Adademia Brasileira de Letras Antônio Cícero, que compôs a canção Fugaz, com Marina, e Inverno, com Adriana Calcanhoto.

A intenção do título Brasileiro Profundo é a de “pensar uma identidade brasileira”, explica Nogueira. “Quando fizemos essa música, eu tive um pouco de receio, porque eu não quero necessariamente me colocar como esse brasileiro profundo. Acho que isso poderia ser um pouco pretencioso”, completa o cantor.

“Na realidade eu acho que o brasileiro profundo somos todos nós brasileiros que reconhecemos a diversidade como um trunfo. Eu acho que existem movimentos reacionários em relação a isso, em relação à liberdade, em relação a cada um poder ter a ousadia de se considerar o centro do mundo, num sentido mais filosófico”, ele define. “É sobre isso na verdade que a gente quer falar e que o projeto acaba celebrando: é essa diversidade brasileira.”

Projeto especial

O álbum acabou se desdobrando em um projeto maior, que apresenta também um vídeo álbum e um livro, para celebrar os 15 anos de carreira do cantor. “Eu tinha 16 anos quando comecei a cantar”, lembra. “Eu fiquei pensando que queria fazer um projeto especial para comemorar isso”.  

As 12 canções ganharam videoclipes, gravados em quatro cidades brasileiras: Belém, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. “Cidades muito diferentes, específicas e muito brasileiras”, compara o artista. “As pessoas podem ouvir as músicas nas plataformas, mas também podem assistir no youtube”.  

O projeto ainda é completado com um livro publicado pela editora paraense Amo!, que se interessa por autores contemporâneos da Amazônia. “Eu acabei então decidindo reunir as coisas que eu escrevi, ao longo desses 15 anos de carreira como compositor”, conta o compositor.

Entre seu último trabalho autoral, Rei Ninguém, e Brasileiro Profundo passaram-se cinco anos. “Eu precisei deste tempo para viabilizar tudo isso, porque também não é fácil, ser um artista independente e ligado à poesia”, revela o autor que considera fazer seu trabalho todo baseado na poesia como uma “teimosia”.

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