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Esporte em foco

Copa do Mundo de Rugby começa na França com seleção anfitriã como grande favorita

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A França sedia a partir desta sexta-feira (8) a 10ª edição da Copa do Mundo Masculina de Rugby. Vinte seleções estão na competição que acontece até 28 de outubro. O jogo de estreia, no Stade de France, na periferia de Paris, deve ser um show da bola oval. Em campo, dois grandes favoritos ao título, a anfitriã França e os All Blacks da Nova Zelândia.

Copa do Mundo de Rugby 2023, de 8 de setembro a 28 de outubro.
Copa do Mundo de Rugby 2023, de 8 de setembro a 28 de outubro. © Fotomontagem com fotos de RENE-WORMS Pierre
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O rugby 15 é um dos esportes mais populares na França e essa Copa do Mundo promete ser uma festa. Cerca de 2,2 milhões de ingressos foram vendidos e mais de 600 mil torcedores estrangeiros são esperados. Além de Paris, nove cidades francesas sediam os jogos. A pouco menos de um ano dos Jogos Olímpicos Paris 2024, a competição serve como um teste para o ano que vem.

Esta é a segunda vez que a França sedia o evento, desde sua criação, em 1987. A primeira vez foi em 2007, quando o Mundial foi organizado em conjunto com o País de Gales e a Escócia. A anfitriã, que nunca ganhou a competição, é considerada uma das favoritas e espera contar com a força da torcida para finalmente levantar o troféu Webb Ellis.

Os franceses enfrentam longo na estreia outro grande favorito ao título, os All Blacks da Nova Zelândia, tricampeã do mundo com seu tradicional grito de guerra, o Haka. Para muitos especialistas, o jogo de estreia da Copa do Mundo de Rugby pode ser considerada uma final antecipada, mas o favoritismo dos franceses é apontado por Caique Silva Segura, jogador da seleção brasileira de Rugby que atua na França, jogando pelo Union Sportive Seynoise.

“Nos últimos 3 anos, os franceses demonstraram que têm uma grande equipe, que têm o melhor jogador do mundo dos últimos 2 anos, o Antoine Dupont. E eu acho que eles são os grandes candidatos para ganhar essa Copa do Mundo”, aposta Caique.

Caique Segura, atleta brasileiro de rugby que atua na França
Caique Segura, atleta brasileiro de rugby que atua na França © Arquivo pessoal

Técnico neozelandês da seleção brasileira aposta nos All Blacks

O diretor técnico da Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) e técnico da seleção brasileira masculina de rugby 15, Josh Reeves, que é neozelandês, concorda que a França é uma das favoritas, mas sua aposta vai para os All Blacks.

“Sendo neozelandês, acredito no meu país e preciso apostar nos All Blacks. Mas, ao mesmo tempo, a França jogando em casa, e do jeito que está jogando, vai ser muito duro”, antecipa Josh Reeves.

Victor Ramalho, coordenador de comunicação da CBRu, também cita os dois países, mas diz que essa é a primeira vez que um Copa do Mundo conta com um “número de favoritos fora do comum”.

Segundo ele, normalmente, a cada Mundial, é possível “eleger 3, 4 candidatos. Mas (este ano) a gente tem uma Copa do Mundo que tudo pode acontecer. A gente tem muitos times competitivos”.

Além da França, talvez a “maior favorita neste momento”, Victor Ramalho aposta ainda na África do Sul e na Nova Zelândia, considerada "a maior nação do rugby mundial, que talvez esteja hoje um degrauzinho abaixo de França e África do Sul, mas é uma potência”. No entanto, “agora é o momento da França, que tem muita expectativa com essa geração, que é uma geração extremamente talentosa”, sublinha Victor Ramalho. 

Victor Ramalho, coordenador de comunicação da CBRu
Victor Ramalho, coordenador de comunicação da CBRu © Arquivo pessoal

Argentina entre os favoritos

A Irlanda, atual número 1 do mundo, e a Inglaterra também são citadas, assim como a Argentina, que é a grande nação de rugby da América do Sul. Caique Segura é brasileiro-argentino. Ele nasceu no Brasil, mas cresceu na Argentina, onde começou a jogar rugby, e confirma que a seleção do país tem chances nessa Copa do Mundo.

“A Argentina hoje vem de uma boa campanha. Nos últimos anos, ganhou da Austrália e da Nova Zelândia pela primeira vez. E eu acho que a Argentina tem um time que, se achar o ponto, tem muita chance de chegar à semifinal ou à final da Copa do Mundo. Eles estão no mesmo grupo da Inglaterra e é o melhor time do grupo em termos de resultados. Então, eu acho que a Argentina tem grandes chances”, acredita Caique Segura. 

Chile e Uruguai são os dois outros países sul-americanos que disputam essa Copa do Mundo Masculina de Rugby. O Brasil não tem uma tradição no esporte, nunca participou de um Mundial, mas a disciplina cresce no país. Os Tupis, o nome da seleção masculina brasileira, ganharam recentemente duas posições no ranking mundial ao vencerem o Campeonato Sul-Americano de 4 Nações. Os Tupis ocupam agora a 26ª posição, e estão batendo na porta da maior competição mundial do evento.

“Nesse último ciclo de Copa do Mundo, a gente focou muito em poder se classificar. Ficamos perto dos adversários da América Sul, Chile e Uruguai, que vão competir na Copa do Mundo. Então, isso mostra que o Brasil não está muito longe. Temos que seguir trabalhando e nos próximos anos vamos passar para outro ciclo de qualificação”, diz o técnico Josh Reeves.

Josh Reeves, técnico da seleção brasileira da rugby
Josh Reeves, técnico da seleção brasileira da rugby © Arquivo pessoal

Aumentar a popularidade do rugby

Enquanto a classificação não vem, essa Copa do Mundo vai servir de vitrine para aumentar a popularidade do rugby no Brasil. O Mundial será assistido por mais de 850 milhões de espectadores em todo o mundo, entre eles muitos brasileiros.

Durante sete semanas, todos os jogos serão transmitidos ao vivo pela ESPN, e comentados por Victor Ramalho. E nesta sexta-feira tem festa para os torcedores no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, para o jogo de estreia entre França e Nova Zelândia. A expectativa é repetir a Fan Fest no Ibirapuera na partida semifinal e na final da Copa do Mundo de Rugby na França.

“A gente ter uma festa no Parque do Ibirapuera, num espaço que já é voltado para eventos esportivos. A gente está muito empolgado com essa possibilidade porque seria realmente um momento de quebrar a bolha, de expor o rugby para uma audiência maior, aproveitando que o parque tem 18 milhões de frequentadores por ano. A expectativa é fazer todo mundo conhecer o rugby com essa Copa do Mundo”, torce Victor Ramalho, lembrando que esta vai ser a grande festa da bola oval.

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