"Queremos ficar entre os 12 melhores no Mundial", diz goleiro da seleção brasileira de handebol

Termina neste domingo (16) em Montpellier, sul da França, a última etapa de treinamentos da seleção brasileira masculina de handebol antes das competições do início do ano que vem. Em janeiro, a seleção brasileira vai jogar dois torneios antes de participar do Mundial de 2023, que será disputado na Polônia e na Suécia.

O goleiro Rangel defendeu o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio. AFP - KHALED ELFIQI

Esta fase de treinamentos comandada pelo técnico Marcus Tatá teve um jogo da seleção com a equipe de Montpellier, cidade no sul da França que tem tradição na modalidade. A partida, disputada na noite de quinta-feira terminou empatada, 34 a 34, e foi a ocasião para a comissão técnica realizar novas experiências com opções táticas

Entre um treino e outro, o goleiro Rangel Rosa falou com a RFI Brasil. Na conversa, ele avaliou a atual fase da equipe, das ambições para o Mundial e do período de treinamento.

“Os treinos estão sendo bem difíceis, por ser um período curto, o treinador precisa colocar muito conteúdo. Fica pesado para os atletas, porém é necessário”, admite. “Apesar do tempo curto, conseguimos ajustar o tempo um do outro, treinar as ações que o técnico tem em mente. E defensivamente conseguimos treinar bastante”, afirma.

Segundo o goleiro catarinense, de 26 anos, a decisão por Montpellier foi acertada pela boa estrutura para o treinamento.

Em busca da vaga

Apesar de já estar há cinco anos na seleção, incluindo a participação nas Olimpíadas de Tóquio, Rangel não se considera com a vaga totalmente garantida. Segundo ele, a posição de goleiro é uma das mais disputadas na seleção. Em Montpellier, ele treinou com outros dois atletas da posição, Ferrugem e Matheus Buda. “A gente fica na expectativa. No meu caso, sempre penso em demonstrar que mereço estar aqui. Como são apenas dois goleiros que vão a expectativa é até o final. Até não sair o nome na convocação, eu não acredito", disse.

No entanto, a presença constante em um dos campeonatos europeus o ajuda a manter em alto nível. Rangel, que recebeu um oferta para o handebol espanhol aos 19 anos, joga atualmente pelo Grenollers, perto de Barcelona. “Estando aqui e jogando contra as melhores equipes do mundo. Esse é um ponto que faz o atleta chegar e se manter na seleção”, afirma.

Objetivos no Mundial

A seleção brasileira de handebol garantiu sua vaga para o Mundial na Polônia e na Suécia por ser a campeã do Centro-Sul americano. O sorteio realizado em junho pela Federação Internacional definiu que o Brasil caiu no grupo C, junto com a anfitriã, Suécia, atual campeã europeia, o Uruguai e Cabo Verde, vice-campeão africano. Para o goleiro Rangel, o Brasil tem como ambição ficar entre os 12 primeiros do mundo, apesar de todas as dificuldades. 

“A gente sabe que conseguir medalha é muito difícil, mas vamos com a intenção de fazer história. Em 2019, ficamos em 9° no Mundial da Alemanha. Desta vez, vamos tentar ficar entre os 12. É muito complicado competir com os europeus com a estrutura que temos no Brasil atualmente, afirma.

O Mundial de handebol será disputado entre os dias 11 e 29 de janeiro de 2023.