Acessar o conteúdo principal

Chefe do Mossad, o serviço secreto de Israel, viaja a Paris para negociar trégua na guerra com Hamas

Uma delegação de Israel liderada pelo chefe do Mossad, o serviço secreto israelense, viaja nesta sexta-feira (23) para Paris, segundo a imprensa israelense, para negociar uma trégua com o Hamas em Gaza.

El director del Mosad israelí, David Barnea, habla durante la Cumbre Mundial del Instituto Internacional de Lucha contra el Terrorismo (ICT) en Herzliya, Israel, el 10 de septiembre de 2023.
El director del Mosad israelí, David Barnea, habla durante la Cumbre Mundial del Instituto Internacional de Lucha contra el Terrorismo (ICT) en Herzliya, Israel, el 10 de septiembre de 2023. AFP - GIL COHEN-MAGEN
Publicidade

David Barnea, diretor do Mossad, e Roner Bar, chefe do Shin Bet, o serviço de segurança interior, vão tentar “desbloquear” as discussões em Paris, segundo a imprensa israelense. A viagem se realiza no dia seguinte de o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahy, propor um plano de ocupação para o futuro de Gaza.

O projeto prevê que o território seja governado por “funcionários locais” sem vínculos “com países ou entidades que apoiam o terrorismo”, que o Exército possa operar em Gaza para “evitar qualquer ressurgimento da atividade terrorista” e criar uma “zona tampão” para garantir “a segurança” do Estado hebreu, conforme o The Times of Israel.

Em novembro, uma trégua de uma semana permitiu liberar mais de 100 reféns capturados pelo Hamas no ataque de 7 de outubro em território israelense, em troca da libertação de 240 palestinos presos em Israel. Desde então, os mediadores internacionais tentam chegar a um novo cessar-fogo para libertar as 130 pessoas que continuam detidas pelo Hamas e autorizar a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

Uma fonte do Hamas afirmou que os dois lados do conflito vão analisar em Paris um plano para uma trégua de seis semanas e a libertação de entre 200 e 300 presos palestinos em troca de cerca de 40 reféns israelenses. Também foram realizadas discussões no Egito, com a participação do chefe político do Hamas, Ismail Haviyeh.

Netanyahu quer "desativar" agência de refugiados

A Autoridade Palestina, no poder na Cisjordânia, se opôs categoricamente ao plano de Netenyahu. “Se o mundo quer segurança e estabilidade na região, deve colocar fim na ocupação israelense de territórios palestinos e reconhecer o Estado palestino independente com Jerusalém como capital”, afirmou Abu Rudeineh, porta-voz de Mahmud Abás, que administra o território palestino ocupado por Israel desde 1967.

Netanyahu, que sublinhou que os objetivos da campanha militar eram “aniquilar” o Hamas, também prevê desativar a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA). Israel acusou 12 empregados da organização de envolvimento no ataque de 7 de outubro. A ONU despediu imediatamente os trabalhadores acusados e iniciou uma investigação interna.

O diretor da agência, Philippe Lazzarini, advertiu na quinta-feira que a UNRWA está “quase quebrando” depois que 16 países suspenderam seu financiamento. A agência é essencial para a assistência humanitária de milhões de palestinos, muitos dos quais sobrevivem atualmente me Gaza sem água, comida, medicamentos ou combustíveis, devido ao cerco e ataques israelenses.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.